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Segunda, 25 de Novembro de 2024

Mundo atingiu níveis alarmantes de obesidade infantil, diz OMS

01/02/2016

Alerta divulgado ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que a obesidade infantil atingiu níveis alarmantes em todo o mundo, e se tornou um pesadelo particular para as crianças de nações do Terceiro Mundo, como o Brasil.

"A Organização Mundial da Saúde (OMS) precisa trabalhar com os governos para implementar uma extensa gama de medidas que se dirijam para as causas ambientais da obesidade e do sobrepeso, e ajudem a dar às crianças o começo saudável para a vida que elas merecem", afirmou o copresidente da Comissão, Peter Gluckman, que apresentou relatório sobre o tema à diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

A OMS entende que a responsabilidade é da publicidade e marketing associados ao 'fast food' e às bebidas açucaradas (como os refrigerantes), estabelecendo seis recomendações para combater o fenómeno da obesidade infantil.

O inquérito, realizado durante dois anos em mais de 100 países, concluiu que os governos e as políticas de saúde pública são fundamentais para travar a epidemia.

"Qual é a principal mensagem?" Entre as medidas recomendadas, estão a promoção de alimentos saudáveis, incentivo à prática de atividades físicas e o acompanhamento psicológico de crianças obesas.

Contudo, acrescenta que essas recomendações não são aplicadas de forma apropriada em nenhum lugar do mundo.

"A epidemia de obesidade pode reduzir muitos dos benefícios em matéria de saúde que contribuíram para o aumento da longevidade", avisou a comissão sobre o fim da obesidade infantil, reforçando que, "até à data, os progressos na luta contra a obesidade infantil têm sido lentos e inconsistentes".

Em termos absolutos, o relatório mostra que há mais crianças com sobrepeso e obesas em países de renda baixa e média do que em países de renda alta: note-se que na África, segundo o relatório, dobrou o número de crianças acima do peso ou obesas desde 1990, saindo de 5,4 milhões para 10,3 milhões.

A obesidade infantil coloca obstáculos ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) a serem cumpridos até 2030. O resultado é que o número de crianças com sobrepeso passou de 31 para 41 milhões entre 1990 e 2014.

O segundo processo, chamado de "desenvolvimento", pode ocorrer quando a mãe grávida é obesa ou tem diabetes.