Neste mês a campanha Outubro Rosa está se espalhando por todo o mundo e propõe a conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama. Esse movimento surgiu em 1990, nos Estados Unidos, e desde então vem sendo essencial para auxiliar nos cuidados com a saúde das mulheres.
A obesidade e o sedentarismo aumentam a incidência do câncer de mama. Foto: Voyagerix/Fotolia
De acordo com Carlos Moraes, ginecologista e obstetra, a obesidade e o sedentarismo aumentam a incidência de alguns tipos de câncer, como o de mama. Sendo assim, a atividade física tem um papel fundamental na prevenção dessa doença.
Ainda segundo o especialista, se manter em movimento reduz os níveis sanguíneos de insulina e de certos fatores de crescimento, que estimulariam a multiplicação de células malignas. “Mulheres com câncer de mama que praticam atividade física como uma caminhada de no mínimo 30 minutos, cinco vezes por semana, tem menor chance de retorno da doença”, afirma.
Para Benjamin Apter, médico especialista em medicina esportiva, as mulheres na pós-menopausa também podem se beneficiar se tiverem uma vida ativa, já que isso age na metabolização do hormônio estrogênio e contribui para diminuir o risco dos tumores de mama.
“Durante o tratamento, o exercício físico auxilia no fortalecimento do organismo e também na autoestima da paciente. Estar em contato com outras pessoas e não deixar de fazer atividades rotineiras auxilia muito no tratamento”, enfatiza o médico.
Pensando nisso, o professor de educação física Alexandre Evangelista sugeriu algumas atividades que podem ser executadas. Porém, vale lembrar que é necessário sempre passar com o seu médico para saber se está realmente apta para a prática dos exercícios.
Musculação
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Verificar se houve cirurgia que pode limitar os movimentos e/ou contraindicar.
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Durante a quimioterapia, interromper o treino caso os efeitos colaterais do tratamento sejam muito agressivos.
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Se houver liberação médica, a dica é fazer musculação duas vezes por semana com carga leve, sendo 40 a 60% do peso máximo que a paciente pode suportar e entre oito a 12 repetições.
Caminhar, correr ou pedalar
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Realizar qualquer uma dessas opções de três a cinco vezes na semana.
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Em relação à caminhada, a pessoa pode fazer sessões de 20 a 60 minutos.
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É imprescindível ter cuidado, pois algumas intervenções quimioterápicas ocasionam cardiotoxicidade (efeito nocivo ao coração). Nessa situação, a intensidade deve ser baixa, assim como o volume. A caminhada deve ser de no máximo 30 minutos, por exemplo.
“Não deixe de fazer suas coisas por causa da doença. Desistir é sempre um mau caminho a seguir”, finaliza o professor.