Vendas para o Dia das Crianças devem cair 10% em todo o país
A crise não poupou nem as crianças. As vendas e o preço dos presentes devem ser mais modestos neste Dia das Crianças. Não é à toa que os presentes mais baratos são os primeiros a sumir das prateleiras.
Não dá para deixar as crianças sem presente. Mas as famílias estão tendo que procurar brinquedos mais em conta. A Federação do Comércio do estado acredita em uma queda de 10% nas vendas em todo o país, em relação ao ano passado.
O pequeno Hulk sai da loja de brinquedos. O Dia das Crianças ainda tem a sua força. Quem não se encanta com esse mundo de brincadeiras? Mas nem toda criança que entra na loja consegue sair com o objeto de desejo.
Uma pesquisa mostra que os brinquedos mais baratos serão os primeiros a sair das prateleiras. O gasto com os presentes, em média, deve ficar em pouco mais de R$ 150 reais. Não é pouco, mas no ano passado, o valor médio dos presentes foi mais alto. Efeito da crise.
“72% do consumo de brinquedos no Brasil vêm das famílias classes C, D e E. E são exatamente as famílias que estão sofrendo mais com essa crise. São famílias que têm menos recursos sobrando, têm menos poupança, têm o orçamento mais apertado e acaba sobrando menos recursos para gastar com esses itens que não são de primeira necessidade”, afirma o assessor econômico da Fecomércio – SP, Vitor França.
Ainda assim, na maior rede de lojas de brinquedos do Brasil, o otimismo está no ar. Na 25 de Março, famosa região de comércio popular de São Paulo, os comerciantes também apostam nas boas vendas e nos bons preços.
“Os nossos clientes esse ano eles estão à procura de produtos mais em conta mesmo. Eles estão questionando preço, estão procurando aquilo que ele sabe que não vai agregar demais no orçamento deles”, diz o gerente Ondamar Antonio Ferreira.
Uma boneca fala 30 frases por R$ 37,90. Tem bebê menorzinho por R$ 9,90. E têm bonecas de olhos azuis, que custam R$ 2,50.
A Federação do Comércio de São Paulo estima que a retração nas vendas no estado, chegue a 12% em outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado.