Especialista do HU alerta sobre a importancia do Teste do Pezinho
Com o objetivo de detectar doenças genéticas, ou seja, provenientes do processo de formação do feto, o conhecido Teste do Pezinho é de grande relevância para a saúde do recém-nascido. Só no Hospital Universitário de Taubaté são realizados, por mês, 250 exames, chegando a mais de 1.500 nesse primeiro semestre.
No sábado, dia 5 é comemorado o Dia de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, doença desencadeada pela insuficiência de enzimas do pâncreas que levam à infecção bacteriana das vias aéreas e seios da face, acarretando em má digestão de gorduras, diarreia, perda de peso, infertilidade nos homens e elevação das concentrações de cloreto e sódio no suor (suor salgado). Essa é uma das principais doenças que o exame pode diagnosticar.
O SUS oferece, gratuitamente, o teste, garantindo a detecção de até 5 patologias que, se não diagnosticadas em tempo, podem comprometer o desenvolvimento do bebê ou até levá-lo à morte.
A boa notícia é que o receio do exame tem virado mito e o perfil dos pais também tem mudado. A Coordenadora do Serviço de Pediatria do HU, Dra. Adriana Mukai, fala da aceitação ao Teste. “Essa visão hoje já mudou bastante e os pais entendem que é uma detecção precoce, então é bastante tranquila essa relação no Hospital Universitário. Podemos verificar a confiança no exame, pois nos questionam e se preocupam de levar os resultados rapidamente ao médico”.
A realização do procedimento consiste na coleta de sangue através de uma picada no calcanhar do bebê e a concentração de sangue na região facilita o exame, que deve ser realizado a partir das primeiras 48 horas de vida até, no máximo, 7 dias após o nascimento. O resultado sai em 30 dias e, no caso de bebês prematuros, será solicitada uma nova coleta de segurança.
As demais doenças abrangidas pelo exame são Anemia Falciforme, Hipotiroidismo Congênito, Fenilcetonúria e Hiperplasia Adrenal Congênita.