Doença rara deixa espanhola em cadeira de rodas em 24 horas
"Me davam banho, me vestiam, me alimentavam...", diz, lembrando o período logo após o diagnóstico, há apenas nove meses. "Você se sente super vulnerável", confessa.
Sua filha, de 19 meses, não entendia o que estava acontecendo com a mãe, já que do dia para a noite ela não mais podia carregá-la, brincar com ela ou levá-la para o parque.
Atrofia muscular
Tudo começou numa tarde de outubro, quando estava na casa de sua família, na Galícia, Espanha. Lidia conta que perdeu a força nas mãos. No começo, ela conta não ter dado muita importância ao fato, mas com o passar das horas descobriu que a sensação foi ficando cada vez mais forte.
Um dos primeiros sinais, lembra Lidia, foi não conseguir abrir e fechar a presilha do cabelo da filha. "Depois senti os meus pés pesados", afirma.
Mas Lidia tinha dificuldades para explicar à sua família o que sentia. "Era difícil contar o que estava acontecendo. Ninguém me viu chorar, porque não sentia dor; é uma sensação que você mesma acha que não tem importância. Mas eu dizia a eles: 'Isso não é normal; aconteceu algo comigo'".
Na manhã seguinte, ela já não conseguia usar as mãos. "Eu não podia abrir uma porta, tomar banho ou me vestir".
Quando se deu conta de que os movimentos de seu corpo estavam prejudicados, Lidia decidiu ir ao hospital e, ao se consultar com uma neurologista, um dia e meio após os primeiros sintomas, conta que não conseguia mais se levantar sozinha. Tampouco tinha reflexos involuntários.
"Em poucas horas, meus músculos estavam completamente atrofiados".