Beber leite materno na idade adulta é prejudicial para a saúde, alerta estudo
De acordo com cientistas da Universidade Queen Mary, em Londres, o leite não pasteurizado contém germes perigosos para o corpo humano.
Uma das autoras do estudo, Sarah Steele, afirmou serem perniciosas as promessas de que o produto melhora o sistema imunológico. Além disso, disse que há riscos de que o leite contenha bactérias nocivas para a saúde.
«Quanto mais o leite demora a ser transportado, mais tempo as bactérias têm para proliferar», afirmou Sarah.
«Testes realizados nos EUA e no Reino Unido mostraram níveis elevados de bactérias prejudiciais, que na verdade provêm do intestino, basicamente, ou seja, das fezes da mãe que acabam no leite», acrescentou a pesquisadora.
Sarah explica que a pasteurização do leite «mata» as bactérias malignas. E alerta ainda que o procedimento é importante porque garante a qualidade do produto.
«Nesse sentido, podemos testá-lo para substância prejudiciais e assegurar que o leite contaminado possa ser descartado e não consumido.»
Sarah ressalva que o leite materno é «uma opção nutricional óptima para o bebé».
«Em nenhum momento queremos dizer que a ingestão de leite materno pelo recém-nascido é prejudicial para a sua saúde. Pelo contrário», afirma.
«Há algumas pessoas, no entanto, entre elas pacientes de cancro ou outras doenças, que acreditam que beber leite materno aumenta a resistência do organismo ou mesmo facilita a digestão de alimentos. Não há qualquer comprovação científica disso.»
Sarah também recomenda maior cuidado com informações obtidas através da Internet.
«Muitas das informações que as pessoas encontram na Internet são normalmente o contrário do que elas realmente significam.»
«Talvez haja alguns benefícios relacionados com a ingestão de leite materno por adultos, mas a maior parte dessas descobertas ainda não saiu dos laboratórios, ou seja, ainda está em fase de pesquisa.»
«Além disso, é preciso sublinhar a diferença entre extrair componentes do leite materno que foram produzidos em laboratório para o tratamento de doenças e comprar uma garrafa e começar a beber».
«É um leite não pasteurizado, saiu de alguém cuja história é desconhecida, e o consumidor está a expor-se a riscos envolvendo bactérias, vírus e até toxinas», concluiu.