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Terça, 26 de Novembro de 2024

Bebê sufocada pela mãe está com a avó, e celular é apreendido pela polícia

20/05/2015

A polícia apreendeu o celular da mulher suspeita de tentar sufocar a propria filha de seis meses. A jovem de 18 anos, que vivia em Uruçuí, no Sul do Piauí, usou o aparelho para gravar a agressão e enviar o vídeo para o pai da menina. Até o fim das investigações, a criança ficará com a avó materna.

A mulher foi presa nesta terça-feira (19) em São Raimundo das Mangabeiras (MA) e foi transferida na manhã desta quarta (20) para Balsas, no mesmo estado.

"O aparelho será periciado para saber se há outros vídeos com indícios de maus-tratos. Queremos também ter a certeza de quando o vídeo, em que ela maltrata a criança com uma fralda, foi feito", disse o delegado Jarbas Lima, titular da Delegacia de Uruçuí.

Em depoimento à polícia, a jovem disse que a gravação foi uma brincadeira e que não tinha a intenção de matar a filha.

"Ela ainda continua alegando que tudo não passou de uma brincadeira e não tinha a intenção de matar a filha. A bebê, por enquanto, está com a avó materna. Depois veremos a questão da sua guarda", afirmou o delegado.

Durante a prisão na tarde de terça, a mulher não apresentou resistência e disse ter feito o vídeo para atingir o pai da criança. Segundo ela, o rapaz não dava assistência para a criança. A jovem ainda se mostrou surpresa com o fato de o vídeo enviado ao ex-namorado pelo aplicativo WhatsApp ter viralizado.

"A mãe falou que a criança era um peso na vida dela. Falei que se tratava de uma brincadeira de mau gosto [a tentativa de sufocamento] e que, se ela tem problema de relacionamento com o ex, deveria procurar a Justiça, e não fazer isso para tentar atingi-lo", disse o delegado.

Para Jarbas, o crime cometido pela jovem é "bastante grave" e ela pode até perder a guarda da criança. A mulher foi autuada por crime de tortura, por submeter alguém sob sua guarda o emprego da violenta ou grave ameaça sofrimento físico ou mental. A pena varia de dois a oito anos de reclusão, aumentando quando a vítima é incapaz.

"O juiz vai decidir se continua com a prisão preventiva ou dará liberdade provisória a ela. A família ainda não quis se pronunciar, mas será ouvida em breve. Por enquanto, estamos atrás do pai da criança. O caso continua a cargo de Uruçuí, onde a investigação começou", acrescentou.