Ex-CEO da HP é a segunda mulher na corrida à Casa Branca
Mais uma mulher está na corrida à Casa Branca. A antiga presidente executiva da HP, Carly Fiorina, anunciou que está na corrida à presidência dos Estados Unidos pelos republicanos.
A candidatura às eleições de 2016 foi anunciada esta segunda-feira, 4 de Abril, e a antiga executiva vai apresentar como grande trunfo o facto de ter gerido uma multinacional tecnológica entre 1999 e 2005.
"Eu penso que sou a melhor pessoa para o trabalho porque eu compreendo como é que a economia realmente funciona", disse em entrevista à ABC News citada pelo New York Times."Eu compreendo o que é tomar uma decisão executiva, isto é, ter de tomar uma decisão dura num momento difícil com muitas consequências", sublinhou.
Apesar das sondagens a colocarem muito longe da Sala Oval, Carly Fiorina tem atraído as atenções nos tempos mais recentes pelos seus ataques a Hillary Clinton. Primeiro, tem criticado a posição pró-escolha da candidata democrata na questão do aborto. "Os liberais acreditam que as moscas merecem ser protegidas, mas que a vida de um feto não merece".
Depois, tem atacado o desempenho da democrata à frente do Departamento de Estado norte-americano, como a forma como lidou com o ataque ao consulado norte-americano em Benghazi, na Líbia, em 2012 ou o uso de uma conta de email privado para assuntos governamentais. E apontou também o dedo às doações de governos estrangeiros à Fundação Clinton.
"Como Hillary Clinton, eu também viajei centenas de milhares de quilómetros em todo o mundo, mas ao contrário dela, eu realmente alcancei algo. Como pode ver senhora Clinton, viajar não é um feito, é uma actividade", disse recentemente num congresso no Iowa.
Fiorina junta-se assim a três candidatos às primárias republicanas, como os senadores Rand Paul do Kentucky, Marco Rubio da Florida e Ted Cruz do Texas. Do lado democrata, além de Hillary Clinton, também o senador Bernie Sanders anunciou a sua candidatura às primárias.
Carly Fiorina liderou a HP entre 1999 e 2005 e foi durante a sua liderança que a tecnológica se fundiu com a Compaq, fabricante norte-americana de computadores, numa tentativa de diversificar o negócio da empresa além das impressoras e tinteiros.
E foi esta fusão que esteve entre as razões pelas quais a gestora foi convidada a sair da administração da HP em 2005, levando para casa um pacote de compensação no valor de 21 milhões de dólares.
Anos mais tarde, Fiorina envolveu-se activamente na política como conselheira do candidato republicano John McCain nas presidenciais de 2008.