Meninas superam melhor o bullying com ajuda da mãe do que meninos
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, analisaram de que forma o carinho materno pode ajudar crianças que sofrem bullying a superarem os efeitos da agressão.
O estudo, que foi publicado no periódico "Social Development", com escritórios nos Estados Unidos, no Reino Unido e em Cingapura, concluiu que o afeto da mãe pode reverter os traumas desse tipo de violência nas meninas, mas não nos meninos.
A pesquisa, que foi feita com mais de mil crianças com idade superior a oito anos, mostrou que, para as garotas, receber carinho materno reduzia significativamente os efeitos nocivos do bullying. No entanto, os meninos que sofreram com o problema permaneceram mais antissociais, independentemente da atenção dada por suas mães.
As crianças responderam a perguntas sobre bullying na escola ou no bairro. Elas precisaram classificar o tipo de agressão em "pegou no meu pé ou disse coisas ruins para mim ", "me agrediu" ou "propositalmente me deixou de fora das atividades com meus amigos". Ao todo, 68% das crianças relataram que eram alvo de alguma dessas três formas de intimidação.
Na visita domiciliar, os pesquisadores avaliaram a relação das crianças com as mães pela maneira como elas falavam dos filhos, se mostravam-se orgulhosas deles ou se eram frias e hostis.
Para os cientistas, a diferença da influência do carinho materno na reversão dos efeitos do bullying se deve a como meninos e meninas se comportam com os amigos. Quando os garotos têm amizades sólidas, os colegas assumem uma maior influência na vida emocional deles. O mesmo não acontece com as garotas. A partir disso, os estudiosos concluíram que a resposta dos meninos ao bullying depende menos dos padrões de interação com a família e mais do vínculo com os colegas.
A criança ou o jovem vítima de bullying dá sinais físicos e comportamentais. Faça o teste a seguir e descubra se você é capaz de identificar se seu filho está passando pelo problema | Consultoria: Neide Noffs, diretora da Faculdade de Educação da PUC de São Paulo; Cléo Fante, educadora, e Regiane Machado, psicóloga