Doenças sexualmente transmissíveis merecem mais atenção no carnaval
Está chegando uma das festas mais esperadas do ano, o Carnaval. Não importa o lugar, nem a companhia, todos querem diversão. No Brasil, conhecido como o país do carnaval e do samba, os dias de folia são repletos de muita alegria, comemorações e festas.
Porém, o que muitos esquecem é o perigo de não se prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis, seja durante, antes ou depois da festa. É preciso também considerar que, além das doenças, não utilizar o preservativo pode causar a gravidez indesejada.
Recentemente, uma polêmica passou a fazer parte da televisão brasileira. Um casal de participantes do programa Big Brother Brasil teve relações sexuais sem o uso de preservativo.
Esse tipo de comportamento retrata um hábito que tem sido praticado por grande parte da população. De acordo com uma pesquisa feita recentemente pelo Ministério da Saúde, 45% dos brasileiros admitiram não usar preservativos durante as relações sexuais casuais.
Já um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo indica que, em sete anos, cresceu 21,5% os casos de Aids em jovens paulistas com idade entre 15 e 24 anos.
Porém, a cautela deve existir com todos os tipos de doenças sexualmente transmissíveis, de acordo com o Dr. Bento Carvalho Filho, clínico-geral do Hospital San Paolo, centro hospitalar localizado na zona norte de São Paulo. “As pessoas devem se preocupar também com herpes genital, sífilis, gonorreia, hepatites B e C e o HPV, doenças que podem ser adquiridas sem a prevenção.”
O médico ainda faz um alerta para as enfermidades que podem ser transmitidas por beijo na boca, nos casos de lesões em mucosa. Quando se fala em doenças sexualmente transmissíveis, não existe distinção de cor, classe social, sexo e faixa etária, todos devem se prevenir, inclusive a terceira idade.
A estimativa é que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do Vírus do Papiloma Humano (HPV). É a doença sexualmente transmissível mais comum do mundo de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Saiba mais sobre as doenças mais comuns:
·HERPES GENITAL: são pequenas bolhas de conteúdo claro, dolorosas e se rompem causando feridas, não têm cura e são transmitidas quando as lesões estão ativas.
·SIFILIS: primariamente, apresenta-se como uma ferida de bordos endurecidos e indolores, se não tratada, pode evoluir para a forma secundária e terciária comprometendo gravemente o sistema nervoso.
·CANCRO MOLE: caracterizado por uma ou várias úlceras dolorosas de bordos amolecidos e secreção purulenta.
·GONORREIA: corrimento amarelado e mau odor.
·CLAMÍDIA: corrimento fluido e claro. Nas mulheres, juntamente com os gonococos são os principais responsáveis por infecções pélvicas, doenças graves que geralmente precisam de tratamento hospitalar (internação).
·HPV: doença viral, silenciosa, que pode ou não apresentar-se em forma de verrugas. As principais responsáveis pelo câncer de colo de útero.
·HIV: doença viral, incurável, evitável com o uso de preservativo, ainda sem vacina e cura apesar do esforço mundial em pesquisas. É possível apenas controlar com os medicamentos retrovirais.
Lembrem-se: para o tratamento dessas ou de quaisquer outras doenças, deve-se procurar o médico, quanto mais rápido melhor, pois ele saberá como tratar e orientar o paciente para evitar seu contágio entre os parceiros ou tratá-los quando necessário, pois o aparecimento dos sintomas variam de acordo com cada doença.