Uma mulher norte-americana do estado de Washington, acusada de ter cortado a garganta aos seus três filhos, num caso que chocou o país, disse à polícia que agrediu as crianças para as impedir de chorar, pois o som incomodava o marido. As afirmações de Christina Booth, de 29 anos, foram   divulgadas pela agência Associated Press a partir de documentos entregues no tribunal pelo procurador do caso.

Christina Booth foi presa no domingo e está sob investigação por tentativa de homicídio dos seus três filhos, uma menina de dois anos e dois gémeos de seis meses. As crianças estavam em condição estável no domingo à noite.

Segundo Booth, o marido nunca ajudava com as crianças. "O Thomas fica muito chateado quando as crianças choram e fazem barulho", terá dito, citada num documento da investigação. Christina Booth estaria visivelmente perturbada durante o interrogatório, em que descreveu as suas ações. A mulher estaria a ser medicada para depressão pós-parto.

"Christina disse que sabia que se matasse todas as crianças, a casa estaria silenciosa para Thomas", lê-se no documento citado pela Associated Press. Thomas Booth, militar de profissão, contou que encontrou os gémeos com cortes e tentou parar a hemorragia, chamando depois uma ambulância.

Segundo uma fonte da polícia, a família estava a lidar com "frustração, fricção. Devem ter havido várias dinâmicas que a empurraram para lá do limite".