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Terça, 26 de Novembro de 2024

Mulher que passou 23 anos no corredor da morte tem caso arquivado nos EUA

12/12/2014

Um tribunal dos Estados Unidos retirou as acusações de assassinato contra uma mulher de origem alemã que passou 23 anos no corredor da morte, acusada de orquestrar a morte de seu filho.

Debra Milke, agora com 49 anos, foi acusada e condenada em 1989 por planejar a morte de seu filho Christopher, de 4 aos, para cobrar o seguro de vida.

Segundo a promotoria e a polícia, Milke teria convencdido um suposto namorado e um amigo a matar a criança e cobrar a apólice de seguro.

Durante a investigação em 1990, Milke se negou a fazer uma confissão gravada. Nesse momento, os advogados de defesa não puderam demonstrar que o detetive que conduzia o caso havia incorrido em faltas em outras ocasiões.

Sua condenação e sentença de morte no Arizona foram rejeitadas em 2013 por um tribunal federal de apelações, que disse que, dadas as falhas no processo,m a mulher devia ser colocada em liberdade ou julgada. O promotor optou por levá-la a julgamento.

Os advogados da ré argumentaram que o caso deveria ser arquivado porque, por princípio jurídico, uma pessoa não pode ser julgada duas vezes pelo mesmo delito.

O Tribunal de Apelações do Arizona decidiu retirar as acusações, apesar de se abster de decidir sobre a culpa ou inocência de Milke.

"Nossa análise se baseia completamente na aplicação do que foi duas vezes julgados no caso Milke, e não expressamos qualquer opinião quanto a sua culpa ou inocência", afirmaram os juízes.

Os dois homens acusados de serem os autores materiais do assassinato do menino se encontram à espera da execução.