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Quarta, 27 de Novembro de 2024

Desfazendo mitos sobre o parto cesárea

15/04/2014

Devido o aumento no número de cirurgias cesarianas, cientistas de 25 países decidiram estudar o impacto da realização de cesarianas em grávidas de gêmeos. Esse estudo foi motivado não só pelo aumento nas cirurgias, mas também porque há uma crença em todo mundo que há um maior risco para a mãe e o bebe quando ocorre o parto normal. Nos Estados Unidos, o índice aumentou significativamente para 50%, entre 1995 e 2008, e para 75% de partos de gêmeos.

A pesquisa buscou analisar 2,8 mil partos ao longo de oito anos e seu resultado que foi publicado no fim do ano passado vai contra todas as afirmações e crenças já feitas antes. A realidade é que a cesárea planejada não reduz o risco de morte em gravidez de gêmeos, assim afirma o obstetra Renato Sá, vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro. “Provou-se que era mito”, conclui.

Mas este não era o único motivo falso pelo qual as mulheres optavam pela cesariana, alguns Obstetras foram ouvidos pela BBC Brasil e contaram casos nos quais as mulheres faziam cesárias sem precisão, apenas porque o bebé era grande ou pequeno demais, a mãe tinha a bacia estreita, ou até mesmo porque o bebe virou de posição durante o parto. E os especialistas afirma que, esses são os mitos mais frequentes, principalmente o de o bebe estar com o cordão umbilical enrolado no pescoço. “’O cordão é como um fio de telefone: para enforcar a criança, seria necessário muito esforço. De qualquer forma, quando ela desce pelo canal vaginal, o cordão vai se desenrolando”, diz Sá.

Excessão

Os próprios médicos afirmam que são poucas as situação pelas quais a mulher grávida precisa se submeter a uma cesariana. Um desses casos ‘especiais’ são quando a placenta desloca e bloqueia a saída do bebe, nome mais conhecido como “placenta previa total”. A força que é causada pela criança pode levar a uma hemorragia grave, chegando ao óbito da mãe e do filho.