Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 27 de Novembro de 2024

Mulheres ainda são mal representadas na ciência

20/03/2014
O papel das mulheres na pesquisa científica progrediu em todo o mundo durante a última década, mas a paridade está longe de ser alcançada, com menos de uma pesquisadora para cada três pesquisadores, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira. 
 
Apenas 29% dos pesquisadores são mulheres, segundo um levantamento realizado para o programa "L'Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência" na França, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Japão. 
 
No final dos anos 1990, elas representavam 26% do total - o que significa um crescimento de 12% na participação feminina em uma década. 
 
No topo da lista aparecem Espanha e Reino Unido, ambos com 38% de mulheres entre seus pesquisadores. De acordo com o estudo feito pelo The Boston Consulting Group, a França aparece ao lado da Alemanha (25%) e da China (25%). Último do ranking, o Japão aparece com apenas 14% de mulheres entre seus pesquisadores. 
 
A presença feminina à frente de instituições científicas varia muito entre os países: de míseros 6% no Japão até 34% na Espanha, passando por 29% na França, 28% no Reino Unido, 27% nos Estados Unidos, 20% na Alemanha e 17% na China.  
 
O levantamento constata também que apenas cinco mulheres foram recompensadas com um Prêmio Nobel desde 1998, data da criação do programa da L'Oréal em parceria com a Unesco. 
 
Todos os anos o Prêmio L'Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência reconhece cinco "notáveis cientistas" de cada um dos continentes do mundo. 
 
Em 2013, a brasileira Márcia Barbosa, diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi premiada por seus estudos sobre as particularidades da água.
 
Neste ano as homenageadas são a francesa Brigitte Kieffer, a queniana Segenet Kelemu, a norte-americana Laurie Glimcher, a japonesa Kayo Inaba e a argentina Cecilia Bouzat.