A presidente Dilma Rousseff participou, nesta terça-feira (28), em Cuba, da abertura da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

Os 33 chefes de Estado e de governo da América Latina e do Caribe querem mostrar que há integração regional completa, segundo a presidente Dilma Rousseff, que considera a inclusão de Cuba o gesto mais importante.

O presidente cubano agradeceu a solidariedade dos colegas diante do bloqueio americano.

Os presidentes tiveram uma reunião reservada. No intervalo do almoço, a presidente Dilma Rousseff deu uma longa entrevista, disse que está desautorizado qualquer anúncio de alteração de metas econômicas, tema que será decidido até o fim de fevereiro. Dilma também afirmou que o investimento feito no Porto de Mariel, inaugurado nesta segunda-feira, em Cuba, beneficiou 400 empresários brasileiros e que vai beneficiar o Brasil porque é um porto estratégico.

A presidente Dilma se defendeu das críticas que recebeu por ter se hospedado em um hotel de luxo e de ter jantado em um restaurante caro durante a escala técnica que o avião presidencial teve de fazer em Lisboa, quando voltava de Zurique, a caminho de Havana.

“Eu posso escolher o restaurante que for, desde que eu pague minha conta. E eu pago a minha conta. Pode ter certeza disso. Pode olhar em todos os restaurantes em que eu estive”, afirmou Dilma Rousseff.

Sobre o encontro que teve na segunda com o ex-presidente Fidel Castro, ela disse que demorou umas duas horas e meia e que ele tem uma boa memória sobre tudo. Conversou sobre a antiga União Soviética e sobre a região latino-americana.

Por causa das despesas da passagem por Lisboa, o PSDB entregou nesta terça uma representação contra a presidente Dilma Rousseff na Comissão de Ética Pública da Presidência e na Procuradoria-Geral da República.