Venezuela: companhia aérea local encerra serviço por falta de aviões
A Aeropostal, uma companhia aérea venezuelana com 88 anos de história, encerrou suas operações depois de esgotar as horas de voo do único avião que mantinha ativo, informou nesta segunda-feira uma fonte do setor.
“Não há avião disponível para operar”, disse à AFP Humberto Figuera, presidente da Associação de Linhas Aéreas da Venezuela (ALAV), ao confirmar a suspensão de atividades da empresa estatal.
Segundo Figuera, a “falta de investimentos” e as tarifas, praticamente congeladas pelo governo nas companhias aéreas que controla, levaram a empresa ao colapso.
“É um duro golpe para a aeronáutica venezuelana. Foi a primeira companhia aérea nacional e uma das pioneiras na América Latina”, lamentou o diretor.
Os preços baixos se transformaram em um peso para as companhias estatais. Uma passagem aérea entre Caracas e Maracaibo custa cerca de 39.000 bolívares (1,6 dólar no câmbio paralelo), pouco mais que um boleto no ônibus para esse trajeto de aproximadamente 700 km.
O último voo da Aeropostal, de Caracas para a ilha turística de Margarita (norte), foi no domingo, quando se esgotaram as horas restantes do avião que permanecia ativo, um McDonnell Douglas MD-82.
A companhia não formalizou publicamente o encerramento de suas operações, mas um comunicado difundido em seu site informa aos passageiros sobre o mecanismo de reembolso de boletos para seus voos a partir dessa segunda-feira.