Anac: Paxs devem chegar aos aeroportos 2h antes dos voos
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) distribuiu nota hoje (18/7) recomendando que os passageiros cheguem com duas horas de antecedência para o embarque em voos nacionais e internacionais. Com muitas filas em alguns terminais, começaram a ser implantados, em todo o País, os novos procedimentos de inspeção de bagagem e de passageiros. A meta é aumentar o nível de segurança.
A nota é clara: “a Anac pede que os passageiros cheguem ao embarque com duas horas de antecedência e sugere que, àqueles que embarcarem com notebooks, retirarem antecipadamente esses equipamentos da bagagem de mão, assim como cintos, relógios e objetos metálicos antes da passagem pelo pórtico (raios X), para colaborar para que o processo seja feito com mais celeridade”, diz a agência.
As novas medidas de inspeção estão previstas em norma da Anac. A partir de agora, procedimentos que já são adotados em voos internacionais passarão a fazer parte também da rotina de quem viaja dentro do país. Uma das mudanças é a revista física feita de forma aleatória. Ela será realizada em local público, por agentes do mesmo sexo do passageiro. Caso o passageiro solicite, a revista pode ser feita em um local reservado e uma testemunha como acompanhante.
Bagagem de mão
Outra medida que passa a ser adotada é a retirada de notebooks da bagagem de mão. Será feita também uma inspeção manual, de forma aleatória, de bagagens de mão no momento que o passageiro estiver passando pelo equipamento de raio X. Em todos os casos, se a pessoa se recusar a realizar o procedimento, será impedida de ter acesso à área de embarque.
No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, o movimento era grande na manhã desta segunda-feira. A passageira Telma Tavares chegou com duas horas de antecedência e não sabia que as novas regras começavam a ser aplicadas hoje. “Acho as medidas válidas, mas acredito que deveria ter sido feito um evento-teste para não causar esse transtorno”, disse, diante da fila que enfrentava no saguão do terminal.
Esperando o embarque para Foz do Iguaçu, o ecólogo Bruno Araújo já sabia das mudanças, mas não imaginou que o movimento estaria tão intenso. “A fila está até caminhando rápido, mas acho que, para as pessoas que estiverem muito em cima da hora, isso pode ser um problema. Teria que ter uma maior organização em relação a essas mudanças”, disse.
Priscila Tavares viajou a passeio com a família para Recife. Para ela, as novas medidas aumentam a sensação de segurança. “[As medidas] são desgastantes, há um pouco de atraso, mas são necessárias. É melhor ter isso fora do avião do que algum outro problema maior que arrisque a nossa vida”.
Filas em Congonhas
Leonardo Pacheco veio de São Paulo a Brasília. Contou que enfrentou fila para embarcar no aeroporto de Congonhas. “Cheguei lá, a fila do raio X para entrar no embarque era quilométrica, estava atravessando o aeroporto todo”. Ele disse que o voo chegou a atrasar 25 minutos.
Na hora do embarque, Leonardo já foi submetido a algumas das mudanças. Ele disse que os agentes pediram para que retirasse da bagagem de mão o computador que carregava. Para ele, medidas são importantes para a segurança. “Segurança é sempre importante. É bom, mas precisa ser feito de uma forma melhor, bem programada e com pessoas bem capacitadas, do contrário vira a bagunça que foi hoje por lá e acredito que em outros aeroportos também”.