Recuperação econômica do setor aéreo será lenta, avalia especialista
A recuperação do setor aéreo um dos mais afetados pela pandemia do coronavirus será lenta. Esta é a visão da maioria daqueles que acompanham o dia a dia do ramo. Enquanto isso, as companhias ao redor do mundo vão
contabilizando prejuízos com grande parte de suas frotas no chão sem voar. A gigante americana Delta Airlines registrou perdas na ordem de 5,4 bilhões de dólares no terceiro trimestre. A europeia de baixo custo Easy Jet alerta que pela primeira vez o prejuízo anual deve superar a marca de 1 bilhão de dólares.
Tudo entra na conta: despesas operacionais, valores destinados às ações durante a pandemia, queda de receitas
relacionadas a passageiros, oferta menor de assentos e receio dos clientes em viajar. Esse itens fazem parte do cenário que praticamente paralisou uma das atividades mais importantes e estratégicas para a economia mundial. Os danos não ficaram restritos as companhias aéreas, os aeroportos também viram seus cofres serem drasticamente impactados, o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Administradoras Aeroportuárias, Pedro Azambuja assinala que o efeito é cascata. “Os aeroportos também estão passando por um processo muito difícil, até porque você não tem companhia aérea sem aeroporto e aeroporto sem companhia aérea, a coisa está toda ligada.
As companhias aéreas receberam o auxílio com um pacote de medidas do governo, Azambuja indica a necessidade de se estender esta ajuda as empresas responsáveis pelos aeroportos. “A gente tem até tentado discutir isso com o governo federal. Não bata uma ajuda, que até já foi dada, apenas para empresas aéreas, os aeroportos têm que ter algum apoio público, visto que a avião civil hoje, no Brasil, é um transporte público”, diz. Para o especialista, no pós-pandemia é preciso que haja uma discussão consistente sobre a integração de modais que segundo ele, norteará o futuro do transporte.
*Com informações do repórter Daniel Lian