Assim como todas as companhias do mundo, a AirAsia X também passa por momentos difíceis com relação as finanças da empresa. Pensando em sobreviver e dar boas condições nos próximos anos, a companhia anunciou ontem(06/10), um plano de reestruturação.

A companhia está com grandes restrições financeiramente, o que impede de realizar pagamentos de funcionários e de aeronaves dependendo da situação. A empresa de baixo custo que opera voos internacionais longos, não tem perspectiva de um retorno de demanda para suprir a crise.

Para evitar eventuais problemas, a companhia passou a renegociar seus contratos firmados e está buscando uma grande reestruturação. A reestruturação consiste em 3 partes:

• Reestruturação de Dividas:  Inclui uma proposta de liquidação de dívidas e renúncia de dívidas envolvendo credores não garantidos. A companhia aérea observa que deve abordar suas obrigações de dívida primeiro e de forma ordenada para chegar a uma estrutura de dívida sustentável.
• Revisão do plano de negócios do Grupo: Envolve a racionalização da malha de rotas, dimensionamento correto da frota de aeronaves, revisão da base de custos e otimização da força de trabalho, tudo visando garantir um negócio mais enxuto e sustentável.
• Engajamento com parceiros de negócios: AirAsia X precisa do suporte de seus parceiros de negócios. A companhia aérea não quer perder os relacionamentos construídos antes da reestruturação e espera celebrar contratos ou acordos que apóiem ​​o plano de negócios revisado da companhia aérea, uma vez que a reestruturação seja concluída com sucesso.
• Clientes de companhias aéreas e agentes de viagens: Os titulares do AirAsia Unlimited Pass e passageiros com reservas de voos válidas receberão créditos de viagem com validade estendida para viagens futuras ou compra de assentos.

AirAsia X nomeou Dato ‘Lim Kian Onn, um revisor oficial de contas e ex-banqueiro de investimento, para liderar a reestruturação da companhia aérea. Ele também é membro do conselho da AirAsia X desde 2012.

Além disso, novos planos de gerenciamento de rotas. Revisar rotas para ver viabilidade e se ainda gera lucro para a companhia operar. Encerrar rotas e diminuir o ‘tamanho’ da empresa, hoje em dia é uma das grandes alternativas diante da maior crise da aviação.

Na frota atual, são operados apenas o Airbus A330-300 entretanto, a companhia tem pedidos para o A321XLR e o A350. No total são 40 aeronaves A330, e dificilmente a companhia manterá todos em operação devido aos custos e número de rotas operadas depois da revisão.