Afetado pela pandemia, turismo volta a registrar procura, relatam agências
Um dos setores da economia mais afetados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o turismo volta aos poucos a registrar aumento na busca por pacotes de viagens. Nas agências instaladas em Americana, há relatos da subida de até 30% no número de orçamentos neste mês.
O LIBERAL ouviu representantes de cinco estabelecimentos que atuam no ramo em Americana. O retorno foi dos mais variados.
Viagens mais rápidas a destinos como Ilhabela, Campos do Jordão e Monte Verde (MG) são as escolhidas para agora.
É o caso da professora de inglês Gabriela Alves, de 25 anos. Ela sentiu sua rotina ficar mais pesada durante a pandemia, com exigência mental maior por conta das aulas virtuais. “A sensação era de que só acordava, trabalhava e dormia, não fazia mais nada”, relata.
“Nos sentimos muito seguras em relação aos protocolos que estão sendo seguidos. A cidade estava cheia, por ter sido no feriado, só que dentro do limite. Tudo estava operando com 50% da capacidade”, conta.
Na agência Nova Brasil Turismo, os trajetos para o Nordeste são os mais buscados, segundo a proprietária, Vanderlene Bortoletto.
“Tenho vendido viagens para Maceió, Natal Ilhéus, Salvador. Consegui fechar já alguns pacotes. Não está no nível que estava antes, mas, graças a Deus, está retomando”, conta.
Os representantes de agências ouvidos também disseram que o aumento da procura não necessariamente está se refletindo, por enquanto, nos pacotes fechados.
A Vambora Turismo, com atendimento direcionado ao público da terceira idade, enfrenta dificuldades na retomada.
“O meu retorno por enquanto é zero. O que eu tinha do mês de setembro e outubro foi tudo cancelado, novembro também. Tive uma procura muito pequena de pacotes, mas pra janeiro, março do ano que vem”, afirmou o proprietário, Gilson Batista.
Vanderlene conta que sua agência só sobreviveu pois tinha um caixa reservado justamente para emergências como essa.
“Quem não tinha um respaldo financeiro, acho que foi difícil. Graças a Deus a gente conseguiu passar”, conta.
Um dos atrativos para buscar consumidores tem sido a aposta em pacotes mais baratos, diz o agente da Faé Viagens, Júnior Simão.
“Como as vendas caíram muito, os hotéis e companhias aéreas baixaram muito o valor. Você encontra, por exemplo, um pacote que custaria R$ 8 mil que está custando menos de R$ 4 mil”. detalhou.
A franqueada da CVC, Raquel Biancarelli, está confiante na retomada do setor ainda neste ano. “Todos os serviços e empreendimentos relacionados ao turismo estão preparados para isso e eles estão atendendo muito bem, seguindo todas as recomendações. O passageiro está cada vez mais confiante, seja para viajar agora ou se programar para
mais para frente”.