Air-France-KLM anuncia corte de empregos e adia recuperação total para 2024
Em meio as consequências e prejuízos causados pela pandemia da Covid-19, a Air France-KLM adiou suas expectativas com relação a recuperação total das companhias para 2024 e anunciou que irá intensificar ainda mais os planos de reestruturação, incluindo um corte “significativo” de colaboradores. As duras decisões foram reveladas na divulgação dos resultados financeiros e operacionais referentes ao segundo trimestre de 2020.
A Air France-KLM registrou um prejuízo líquido de US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre de 2020. Já as perdas operacionais do grupo aéreo europeu chegaram a US$ 1,82 bilhão. No acumulado do ano, o prejuízo líquido chega a US$ 5,2 bilhões, enquanto as perdas operacionais, de janeiro a junho, chegam a US$ 2,8 bilhões, resultados que acabaram totalmente comprometidos pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A Air France-KLM possui hoje 14,2 bilhões de euros em liquidez ou crédito à disposição para enfrentar a crise e reestruturar seus negócios, após o apoio substancial dos governos francês e holandês. O grupo espera ainda que sua capacidade total em 2021 esteja pelo menos 20% abaixo dos níveis operados em 2019. Entre julho e setembro de 2020, as companhias esperam operar cerca de 45% dos voos realizados no 3T19, subindo para 65% no 4T20.
Corte de empregos
Com relação ao corte de empregos, a Air France pretende cortar 16% das vagas de trabalho (cerca de 6.560 funcionários em período integral) até o final de 2022, além de outros mil empregos na subsidiária regional HOP!.
Já a KLM afirmou que o corte também será significativo. Ainda em negociação com os sindicatos, a empresa deve anunciar detalhes da reestruturação em outubro, mas do total atual de 33 mil trabalhadores em tempo integral, a força de trabalho deve ser reduzida para 28 mil em 2021, ou seja, cerca de 5 mil demissões.
“O grupo e suas companhias aéreas devem reduzir significativamente o número de funcionários. Há ainda uma visibilidade limitada sobre a curva de recuperação da demanda, já que o comportamento de reserva de clientes hoje está muito mais a curto prazo do que antes da crise da Covid-19”, completou o grupo.