Confiança do empresário de serviços cresce pelo segundo mês
O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 11,2 pontos de maio para junho deste ano e chegou a 71,7 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Essa foi a segunda alta consecutiva do indicador, que havia avançado 9,4 pontos em maio (na comparação com abril).
Apesar de ter acumulado 20,6 pontos nos últimos dois meses, o indicador recuperou apenas 48% das perdas sofridas pela confiança do empresário de serviços brasileiro no bimestre de março e abril deste ano, devido ao coronavírus.
A alta em junho atingiu os 13 segmentos pesquisados pela FGV. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, subiu 7 pontos e atingiu 64 pontos. Já o Índice de Expectativas cresceu 15,1 pontos e chegou a 79,8 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada do setor de serviços diminuiu 0,8 ponto percentual, passando para 77,2%, atingindo um novo mínimo histórico da série iniciada em abril de 2013.
Outro levantamento, conduzido virtualmente pela SKS CX Customer Experience, com 660 mulheres das classes A+, A e B, em São Paulo e no Rio de Janeiro e intitulado "Mulheres A+: a volta ao consumo pós-pandemia" revela os planos femininos em um cenário de reabertura do comércio e escolas.
Segundo a pesquisa, quando os estados de São Paulo e Rio de Janeiro liberarem os seus moradores para retornar aos restaurantes, bares, comércios e praças de alimentação, apenas 17% das mulheres de alta renda pretendem frequentar esses lugares em um período entre um e sete dias após a liberação. Para 81% das entrevistadas não existe a menor possibilidade de retornar rapidamente à mesma frequência que tinham antes da pandemia. Entretanto, quando o tema é a liberação de salões de beleza, spas e centros de estética, 60% afirmaram que o retorno se dará rapidamente, ou seja, entre um e sete dias. O retorno às aulas dos filhos será, para 83% delas, rápido (em até 10 dias).
Para Stella Kochen Susskind, coordenadora da pesquisa e presidente da SKS CX Customer Experience, o levantamento buscou entender e antecipar comportamentos dessas consumidoras em um cenário de consumo pós-pandemia - sem vacina e medicamentos, mas com máscara e regras sanitárias. "Um dos resultados interessantes é que embora o medo deve limitar o retorno rápido a restaurantes, o mesmo não acontecerá com a frequência à salões de beleza e academias. O hábito de compras online - muitas vezes desenvolvido por conta da pandemia - será o novo normal para a maior parte dessas consumidoras", afirma.
Ainda de acordo com o estudo, os clubes serão frequentados por 67% em um período de até sete dias; 30% não pretendem voltar tão rapidamente. As academias e centros esportivos serão frequentados em até sete dias após a abertura por 52% das mulheres de alta renda; 45% não.
As viagens e lazer - em um cenário de voos liberados; fronteiras abertas; aeroportos e companhias aéreas cumprindo as medidas sanitárias - serão objeto de retorno para 38% no primeiro mês de liberação contra 53% que afirmaram não retornar à rotina de viagens tão cedo.
A rotina de compras virtuais, amplamente utilizadas no período de quarentena, serão mantidas por 69%; 27% das mulheres não pretendem continuar com essa modalidade de compra. Entre as que responderam que continuarão: 81% pretendem comprar eletrodomésticos e eletroeletrônicos e telefones; 51% supermercado; 37% produtos de beleza; 89% livros; 64% produtos de limpeza; 46% brinquedos; e 51% outros itens (ferramentas, fraldas, artigos de papelaria, hobbies).
Um dos pontos cruciais desse retorno será a volta às aulas. Quando as instituições de ensino garantirem o cumprimento das normas sanitárias, 83% das mães de alta renda pretendem liberar os filhos para frequentar as aulas presenciais em até 10 dias; 10% não vão liberar os filhos tão cedo; e 7% ainda não sabem qual será a decisão.