Angolana TAAG não prevê “por enquanto” ligação aérea Luanda-Lisboa
A transportadora aérea angolana TAAG não prevê, “por enquanto”, voos humanitários na rota Lisboa/Luanda para repatriar angolanos, mas prepara a programação para retomar após as restrições, devido à covid-19, disse hoje fonte da companhia.
Portugal Digital com Lusa
“Não temos previsão de realizar (…) Lisboa/Luanda para repatriar nossos cidadãos nacionais que estejam em Lisboa”, afirmou hoje o diretor comercial da companhia Carlos Von Hafe.
O responsável, que falava em conferência de imprensa para anúncio da chegada da primeira aeronave do modelo Dash8-400 ao país, prevista para segunda-feira, afirmou que a transportadora está já a programar a retoma dos voos quando reabrir o espaço aéreo.
Carlos Von Hafe assegurou que “oportunamente” a TAAG vai comunicar quantas frequências irá operar para as rotas já existentes e “eventualmente se teremos o caso de suspensão de algumas rotas”.
“Muito em breve nos iremos pronunciar relativamente a esta questão das frequências”, respondeu à Lusa.
Para o diretor comercial da TAAG, a entrada em funcionamento da frota das seis aeronaves do tipo Dash8-400 irá refletir-se na redução do consumo de combustível, dos custos de manutenção, dos custos de operação em terra, entre outros.
Os novos aviões, adquiridos ao construtor aeronáutico canadiano De Havilland Aircraft, devem “viabilizar a sustentabilidade da empresa”, segundo o responsável.
Questionado pela Lusa sobre a perspetiva da viabilização da companhia que se encontra tecnicamente falida, Von Hafe, escusou-se a abordar estas questões e falou apenas em “eficiência operacional e financeira”.
“Estas novas aeronaves vão protagonizar uma série de redução de custos operacionais, como a redução do consumo do combustível, quando comparamos com o Boeing 737 para o nosso destino doméstico”, justificou.
O consumo de combustível “representa para a companhia e para toda a operação, não só para a TAAG, mas sim para outras companhias também, cerca de 25% dos custos operacionais globais da companhia”, indicou, acrescentando que a afetação destas aeronaves terá impacto na redução dos custos.
“Poderemos obter naturalmente aqui alguns ganhos”, concluiu.