Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 30 de Novembro de 2024

Latam e Delta, 737 Max e low costs são temas no fórum Alta

27/10/2019

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Vários foram os assuntos levantados por jornalistas estrangeiros neste neste 16º Alta Airlines Leaders Forum, que começou neste domingo (27) e vai até dia 29 de outubro, em Brasília. As autoridades presentes foram questionadas sobre o reflexo das "turbulências" políticas nos países da América Latina no setor da aviação.

O presidente do comitê executivo da Alta e CEO da Copa Airlines, Pedro Heilbron, afirmou que a aviação é uma indústria que sempre tem que lidar com questões externas, e neste com a instabilidade política de alguns países. "Essas questões fazem com que possam haver redução da movimentação de passageiros. Esperamos sempre que essas situações sejam temporárias. Quanto antes há solução, menos impactos são registrados".

O CEO e diretor-executivo da Alta, Luis Felipe de Oliveira, minimizou afirmando que a América Latina, mesmo com ambientes de instabilidade, registrou crescimento nos últimos 15 anos. "Desejamos que essas questões não afetem o crescimento econômico e social de toda a região".

ACORDO LATAM E DELTA

As tratativas sobre o acordo entre Latam e Delta também foi pauta da coletiva de imprensa. Sobre o assunto, o presidente do comitê executivo da Alta e CEO da Copa Airlines, Pedro Heilbron, não entrou em muitos detalhes porque, obviamente, os acordos estão dentro do poder de decisão das companhias.

"Mas posso dizer que as parcerias com acordos de negócios vão além das parcerias do passado e estão acontecendo cada vez mais. É um movimento que acontece no mundo inteiro, e quando bem feitas, geram benefícios para todos, uma vez que cria mais eficiência em uma indústria que é altamente competitiva e muito complexa", disse Pedro Heilbron.

SUSPENSÃO DO MAX IMPACTA OPERAÇÃO

O presidente do comitê executivo da Alta e CEO da Copa Airlines, Pedro Heilbron, reconheceu que parada temporária da operação dessas aeronaves está influenciando diretamente nas companhias que operam. Todas estão apresentando diminuição dos voos, mas esperam que a situação seja resolvida ainda em 2019.

Mais otimista, o Secretario Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, relembrou que o Brasil é um dos quatro países certificadores e que o Governo está trabalhando para ajudar que haja solução.

PRIVATIZAÇÃO DE AEROPORTOS

Questionado sobre como as companhias aéreas veem o processo de privatização dos aeroportos brasileiros, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz afirmou que "estamos vendo de forma muito positiva. Quando o movimento das concessões começaram, em 2012, a indústria da aviação tinha uma outra visão de como aconteceriam as transições. No final das contas, o modelo tem sido muito positivo".

Para ele, fica claro para os passageiros e usuários dos terminais que este modelo está amadurecido, "e vemos com bons olhos 2020 até 2022, com a inclusão de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que correspondem a ? da movimentação aérea do Brasil".

O secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, complementou que há cada rodada de concessões, há debates com a indústria. "Ouvindo a indústria, temos negócios ainda melhores para o futuro".

Entraves para operações domésticas das novas companhias low costs no BrasilDurante coletiva de imprensa da 16ª edição do Alta Airline Leaders Forum, neste domingo (27), o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz ponderou sobre a operação das novas companhias low costs em voos domésticos. "Este é um tema que segue pendente. Segundo um estudo recente que li, as chegadas dessas empresas já significam redução de 23% das tarifas médias dos voos internacionais. Porém parte dos custos estão em seus países de origem".

Segundo ele, quando essas companhias começarem a operar em voos domésticos, terão que enfrentar todos os desafios das brasileiras. Em um futuro próximo teremos empresas low costs operando no Brasil, porém ainda não sabemos como será o resultado", finalizou.