ANAC terá programa para ampliar número de mulheres aviadoras
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) deverá lançar um programa para aumentar o número de mulheres aviadoras no Brasil. A informação foi dada pelo superintendente de Planejamento Institucional da Anac durante o InfraESG Talks, realizado nesta semana em São Paulo.
De acordo com o executivo, as mulheres representam 3% do total de pilotos no Brasil, um índice abaixo do mundial, que chega a 5%. Entre as barreiras identificadas estariam o custo da formação, a empregabilidade e o preconceito.
A iniciativa deverá envolver a criação de bolsas de estudo para formação de novos pilotos, sendo 50% das vagas para mulheres. As demais devem atender a outros públicos de vulnerabilidade social, com foco na promoção da diversidade.
Haverá também iniciativas para combate ao preconceito, desde as relações do dia a dia no trabalho até no caso de realização de procedimentos de segurança.
Em julho, a ANAC, aderiu à Declaração de Luanda Sobre a Igualdade de Gênero na Aviação Civil Lusófona. O documento estabelece como princípio a importância de implantar e enfatizar políticas de inclusão de mulheres no mercado de trabalho e cargos-chave no setor de aviação civil dos países envolvidos.
No mesmo mês, servidores da Agência também participaram no Global Aviation Gender Summit, conferência sobre equidade de gênero promovida pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), onde as representantes puderam trazer e receber experiências sobre a inclusão com outras autoridades internacionais do setor.
Além disso, em junho, a ANAC tornou-se a primeira agência reguladora de um país das Américas a aderir ao 25by2025, iniciativa da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) que incentiva empresas e organizações do setor aéreo a ampliar a representação feminina em cargos de destaque.