Pequenas bailarinas do Complexo do Alemão ganham bolsa na escola de balé Bolshoi
Um sonho que parecia distante para duas pequenas bailarinas cariocas, do Complexo do Alemão, está prestes a se tornar realidade. As meninas ganharam bolsa 100% para estudar na escola Bolshoi, em Joinville, Santa Catarina, e conseguiram patrocínio para a viagem e mudança de estado junto com a família.
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Alessandra Vitoria Costa da Rocha, de 10 anos, e Maria Eduarda Ferreira de Figueiredo, também de 10, começam no próximo ano e a escola pede que, a partir de fevereiro, a família já tenha uma residência fixa no local e que as estudantes estejam matriculadas em uma escola regular da região.
As famílias não poderiam arcar com as despesas da mudança, mas a idealizadora do projeto Vidançar, Ellen Serra, embarcou no sonho das meninas e iniciou uma busca por parcerias com companhias aéreas.
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— Eu mandei e-mail para todas as companhias áreas que eu conhecia contando a história das meninas e falando que elas perderiam essa grande oportunidade na escola Bolshoi caso não conseguissem com o valor das passagens. Não adiantava conseguir só a passagem delas, as famílias precisavam ir junto, até que a Latam me respondeu — conta Ellen.
Alessandra e Maria Eduarda participaram da etapa da pré-seleção, em que profissionais do Bolshoi analisam as habilidades físicas e artísticas dos bailarinos, como flexibilidade, projeção cênica, postura e biótipo. Os candidatos com maior potencial são indicados para participar da seleção nacional.
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Todos os aprovados recebem as bolsas de estudo. Além de ensino gratuito, os alunos também contam com benefícios como alimentação, transporte, uniformes, figurinos, assistência social, orientação pedagógica, assistência odontológica preventiva, atendimento fisioterápico, nutricional e assistência médica de emergência/urgência pré-hospitalar.
O impacto do projeto convenceu a companhia aérea, que já se credenciou para renovar a parceria para os próximos aprovados em outubro. Rosiane Guedes Costa, mãe da Alessandra, contou que a doação das passagens foi muito importante para tomar a decisão de mudar de cidade.
— Nós sempre acreditamos no potencial e desenvolvimento dela, mas a decisão de mudar não foi nem um pouco fácil. Confesso que deu um aperto no coração deixar tudo aqui no Rio, família e amigos, mas pelo sonho da minha filha vou com ela até onde Deus me permitir— comentou Rosiane.