Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Sábado, 23 de Novembro de 2024

Demanda por carga aérea diminuiu em setembro

08/11/2022

América Latina relatou aumento de 10,8% nos volumes de carga no mês ante setembro de 2021; foi o melhor desempenho entre todas as regiões

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Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, por sua sigla em inglês) com os resultados dos mercados globais de transporte aéreo de carga de setembro mostraram redução da demanda por carga aérea.

A demanda global, medida em toneladas de carga por quilômetro (CTKs), ficou 10,6% abaixo dos níveis de setembro de 2021 (queda também de 10,6% nas operações internacionais), mas continuou próxima dos níveis pré-pandemia (-3,6%).

A capacidade ficou 2,4% acima de setembro de 2021 (+5,0% nas operações internacionais), mas ainda 7,4% abaixo dos níveis de setembro de 2019 (-8,1% nas operações internacionais).

Segundo o estudo, após contrações nas principais economias, o PMI global, índice que mede a atividade econômica do setor de manufatura para novos pedidos de exportação também caiu (pelo terceiro mês consecutivo) para seu nível mais baixo em dois anos.

Os números mais recentes do comércio global de mercadorias mostraram expansão de 5,2% em agosto, um sinal positivo para a economia global, que deve beneficiar principalmente a carga marítima, com um leve impulso também para a carga aérea.

Os preços do petróleo permaneceram estáveis em setembro e o crack spread do combustível de aviação caiu após ter atingido o pico em junho.

O Índice de Preços ao Consumidor se estabilizou nos países do G7 em setembro, mas no patamar de 7,7%. A inflação nos preços ao produtor (insumos) desacelerou para 13,7% em agosto.

As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico relataram queda de 10,7% nos volumes de carga aérea em setembro de 2022 em comparação com o mesmo mês de 2021. Este resultado mostra declínio no desempenho quando comparado a agosto, quando foi registrada queda de 8,3%. As companhias aéreas da região continuam sofrendo o impacto do conflito na Ucrânia, da escassez de mão de obra e níveis menores de atividade comercial e industrial devido às restrições relacionadas à variante Ômicron na China. A capacidade disponível na região aumentou 2,8% em relação a setembro de 2021.

As transportadoras da América do Norte registraram queda de 6,0% nos volumes de carga aérea em setembro de 2022 em comparação com o mesmo mês de 2021. Este resultado mostra declínio no desempenho quando comparado a agosto (3,4%). A capacidade aumentou 4,6% em relação a setembro de 2021.

As transportadoras da Europa relataram queda de 15,6% os volumes de carga em setembro de 2022 em comparação com o mesmo mês de 2021. Este resultado foi semelhante ao desempenho registrado em agosto (-15,1%) e está relacionado à guerra na Ucrânia. A escassez de mão de obra e os altos níveis de inflação, principalmente na Turquia, também afetaram os volumes. A capacidade aumentou 0,2% em setembro de 2022 em comparação com setembro de 2021.

As transportadoras do Oriente Médio registraram queda de 15,8% nos volumes de carga em setembro de 2022 versus setembro de 2021. Este foi o pior desempenho entre todas as regiões e um declínio significativo em relação ao mês anterior (-11,3%). Os volumes de carga estagnados de/para a Europa impactaram o desempenho da região. A capacidade caiu 2,8% em relação a setembro de 2021.

As transportadoras da América Latina relataram aumento de 10,8% nos volumes de carga em setembro de 2022 em relação a setembro de 2021. Esse foi o melhor desempenho entre todas as regiões. As companhias aéreas da região mostraram otimismo e introduziram novos serviços e capacidade e, em alguns casos, investiram em aeronaves adicionais para carga aérea nos próximos meses. A capacidade em setembro aumentou 18,4% em relação ao mesmo mês de 2021.

As companhias aéreas da África registraram aumento nos volumes de carga de 0,1% em setembro de 2022 em comparação a setembro de 2021. Este resultado foi uma pequena queda no crescimento registrado no mês anterior (1,0%). A capacidade ficou 4,1% abaixo dos níveis de setembro de 2021.