Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Domingo, 24 de Novembro de 2024

United anuncia investimento na Eve, da Embraer, e compra de 200 aeronaves elétricas

08/09/2022

eve-768x442

A United anunciou nesta quinta, 8, um investimento de US$ 15 milhões na Eve Air Mobility e um acordo de compra condicional para 200 aeronaves elétricas de quatro lugares e mais 200 opções, com as primeiras entregas previstas já em 2026. 

A Eve é uma companhia da Embraer (EMBR3).

“O acordo marca outro investimento significativo da United em táxis aéreos – ou eVTOLs (veículo elétrico de decolagem e pouso vertical), que tem o potencial de revolucionar a experiência do viajante em cidades ao redor do mundo. Pelos termos do acordo, as empresas pretendem trabalhar em projetos futuros, incluindo estudos sobre o desenvolvimento, uso e aplicação das aeronaves da Eve e do ecossistema de mobilidade aérea urbana (UAM)”, destacou a companhia.

A United foi a primeira grande companhia aérea dos Estados Unidos a criar um fundo de capital de risco, o United Airlines Ventures (UAV), projetado para apoiar o compromisso 100% verde da companhia de atingir zero emissões líquidas até 2050, sem o uso de compensações tradicionais. Por meio da UAV, a United tem liderado no setor os investimentos em eVTOLs e aeronaves elétricas, motores com célula de combustão a hidrogênio e combustível de aviação sustentável. No mês passado, a United fez um depósito de US$ 10 milhões a uma companhia californiana de eVTOLs para 100 aeronaves.

“O investimento da United na Eve foi impulsionado em parte pela confiança nas oportunidades potenciais de crescimento no mercado de mobilidade aérea urbana e pelo relacionamento único da Eve com a Embraer, uma fabricante de aeronaves confiável, cujo histórico na produção e certificação de aeronaves é comprovado pelos seus 53 anos de história”, destaca o comunicado, ressaltando que, após a entrada em serviço, a United poderá ter toda a sua frota eVTOLs atendida pelos serviços e operações de suporte da Eve. 

Em vez de motores a combustão tradicionais, o eVTOL é projetado para usar motores elétricos, proporcionando voos sem emissão de carbono, e será utilizado como ‘táxi aéreo’ em mercados urbanos.

Estudo da Embraer prevê potencial para 100 novas rotas na região da Malásia

A Embraer também divulgou nesta quinta, 8, durante a participação no Selangor Aviation Show, um estudo no qual mostra que os jatos regionais podem viabilizar a abertura de mais de 100 novas rotas na região da Malásia.

“À medida que a demanda por viagens se recupera, vemos oportunidades únicas para a Malásia aprimorar sua conectividade doméstica e regional. No entanto, essas novas rotas também devem ter viabilidade comercial para as companhias aéreas”, disse Raul Villaron, Diretor da Embraer Aviação Comercial para a Ásia-Pacífico.

“As companhias aéreas estão enfrentando grandes desafios, como preços de combustível mais altos e um ambiente operacional cada vez mais competitivo, tornando imperativa uma adequação na capacidade de aeronaves para os passageiros.”

A Embraer também identificou a necessidade de 150 novas aeronaves com menos de 150 assentos nos próximos 20 anos na Malásia.

Segundo a fabricante brasileira, aeronaves regionais desse porte complementarão as maiores, que são predominantes no país, e aumentarão a viabilidade de estabelecer novas rotas ou ampliar a frequência das rotas existentes.

Isso inclui o impulsionamento da conectividade doméstica e entre as cidades da Península da Malásia com as regiões de Sabah e Sarawak.

Na edição anterior do Selangor Aviation Show, a Embraer exibiu seu jato comercial E195- E2, demonstrando como os baixos custos operacionais da aeronave, desempenho superior e menor consumo de combustível e baixa emissão de ruído podem agregar valor ao cenário da aviação da Malásia.

A Embraer destacou que o E195-E2 é a aeronave de corredor único mais eficiente e sustentável do mundo e acomoda até 146 passageiros.

“Jatos regionais como a família de aeronaves E-Jets E2 da Embraer (E190-E2 e E195-E2) possuem atributos ideais que permitem às companhias aéreas aumentarem sua malha de rotas e direcionarem o tráfego de passageiros para seus hubs”, afirmou a companhia.