Companhia aérea Pluna declara quebra e anuncia leilão de seus bens
A companhia aérea uruguaia Pluna entrará em processo de falência ainda nesta segunda-feira e buscará liquidar seus bens o mais rápido possível para ressarcir seus credores e permitir a entrada de um novo agente que permita recuperar as conexões aéreas do Uruguai, informou o governo do país.
Em uma muito esperada entrevista coletiva, os ministros uruguaios de Transporte, Enrique Pintado, e Economia, Fernando Lorenzo, comunicaram formalmente o fim anunciado da companhia, que na quinta-feira passada decretou a suspensão indefinida de suas atividades por seus graves problemas econômicos. "Hoje será pedido uma reunião de credores da Pluna S.A. As razões são claras e de domínio público.
Trata-se de uma empresa insolvente e com problemas de acesso à liquidez a curto prazo que impediam suas operações", ressaltou Lorenzo. O governo levou em consideração as "repercussões e consequências para a sociedade de mantê-la funcionando, e esses elementos levaram a esta decisão", acrescentou.
Em seu pronunciamento, os ministros explicaram o projeto de lei sobre a Pluna que o Executivo levará também hoje mesmo ao Parlamento a fim de cumprir o mais rápido possível os objetivos de restabelecer as conexões aéreas do Uruguai e ajudar os mais de 700 trabalhadores da empresa que foram subitamente desempregados.
O Estado, como fiador da compra de sete aviões Bombardier CRJ pela companhia, porá em leilão o lote completo das aeronaves por uns US$ 140 milhões e o valor arrecadado será destinado ao cancelamento das dívidas de Pluna. A ideia do governo, assim que for anunciado o comprador dos aviões, é negociar com ele de forma direta a entrega das rotas e frequências que a Pluna operava em troca de incorporar os trabalhadores despedidos pela companhia.