Infraero conclui obra de áreas de escape que “agarram” aviões no aeroporto de Congonhas
Nova área de escape no aeroporto paulistano é projetada para frear aviões que ultrapassarem os limites da pista
Nesta sexta-feira (1) será realizada a cerimônia que marca a conclusão das obras e implantação total do sistema de segurança EMAS nas duas cabeceiras da pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP). O trabalho vinha sendo executado desde maio de 2021.
A primeira etapa da construção, na cabeceira 17R, foi concluída em março deste ano, enquanto a segunda parte, na cabeceira 35L, terminou nesta semana. O projeto foi orçado em R$ 122,5 milhões, pagos com recursos públicos oriundos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac).
Ideal para aeroportos com limitações de espaço, o EMAS (sigla em inglês para Sistema de Retenção de Material Projetado) é uma área de escape construída com blocos de concreto que se deformam quando uma aeronave passa por cima deles, forçando sua frenagem “agarrando” o trem de pouso numa eventual excursão de pista. O terminal aéreo em São Paulo é o primeiro do Brasil e da América Latina a adotar o sistema.
Em Congonhas, o pavimento deformável foi construído sobre estruturas sustentadas por vigas e pilares capazes de suportar o peso das aeronaves que operam no terminal. E cada uma tem um tamanho diferente: a área de escape na cabeceira 17R tem 70 metros de comprimento e 45 m de largura, enquanto o espaço na cabeceira 35L mede 75 m x 45 m.
O EMAS já é adotado em aeroportos da Europa, Ásia e Estados Unidos. A tecnologia foi desenvolvida na década de 1990, por meio de pesquisas do Federal Aviation Administration (FAA), a agência de aviação civil dos EUA.