A denúncia que o A TRIBUNA publica nesta edição, sobre as condições do Aeroporto Maestro Marinho Franco e que impedem que empresas aéreas optem por operar em Rondonópolis, traz um alerta muito importante e que não pode ser negligenciado, que é o fato da maior parte das melhorias que seriam necessárias estruturalmente não constarem no contrato de concessão do aeroporto.
Isso é preocupante, já que a empresa que hoje mantém a concessão não tem obrigação nenhuma de investir naquilo que não consta em seu contrato. Por esse motivo é preciso que a sociedade se atente e busque alternativas para contornar esse problema.
Caso contrário, serão mais alguns anos pela frente sem que haja perspectivas de melhoras na oferta de voos em Rondonópolis.
A questão é que as empresas aéreas não querem custos operacionais tão altos e nem atuar em aeroportos que não atendam as necessidades. Se o aeroporto de Rondonópolis oferece apenas o mínimo necessário para ser certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e não o necessário para atrair empresas que ofertem mais voos, é preciso repensar.
Se há melhorias que precisam ser feitas, é primordial que se busque um entendimento legal para que isso possa ser feito pela concessionária.
Além disso, se o desejo da sociedade rondonopolitana é ter um aeroporto com mais voos ofertados e com serviços com mais qualidade, está na hora de se organizar e cobrar alternativas para que isso ocorra.
Sem isso, o que pode acontecer é que a cidade continue na mesma situação ainda por um longo período.
Rondonópolis é uma cidade que continua se desenvolvendo muito e consolidada como um polo regional que engloba mais de 600 mil habitantes, sendo a segunda economia do Estado de Mato Grosso, portanto merece ter um aeroporto mais moderno, que atenda as necessidades das empresas aéreas para que a população possa contar com maior oferta de voos e com preços compatíveis com outros centros.
Hoje, a triste conclusão é que de nada adiantou a concessão do Aeroporto Maestro Marinho Franco. Praticamente, a concessionária não executou nenhuma inovação e a população rondonopolitana continua “a ver navios” em vez de mais aviões.