A Boeing avisou às companhias aéreas e aos fornecedores que as entregas do 787, paralisadas há cerca de um ano, podem ser retomadas no segundo semestre deste ano.

A informação foi repassada por fontes à agência Reuters. O modelo de fuselagem larga (widebody) atravessa por uma crise que começou em dezembro de 2020, quando problemas técnicos, somados à mudança da unidade industrial de Seattle, no Estado de Washington, para North Charleston, na Carolina do Sul, interromperam as entregas pela primeira vez.

Em março, elas foram retomadas, mas dois meses depois, foram paralisadas novamente, por novos problemas de produção. Na época, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) informou que “a Boeing ainda precisa mostrar que seu método de inspeção proposto atenderia às regulamentações federais de segurança”.

Em fevereiro deste ano, a FAA decidiu certificar, individualmente, cada aeronave que fosse entregue, a fim de certificar a eficácia das medidas que a fabricante tomou para solucionar os problemas técnicos encontrados no modelo, durante a produção.

Por conta deste imbróglio, várias companhias aéreas com unidades pendentes de entrega do avião da Boeing se viram obrigadas a fazer remanejamentos de voos, a fim de se adaptarem à interrupção das renovações de frota. Um exemplo é a American Airlines, que, em fevereiro, anunciou a redução do número de voos internacionais previstos para a próxima temporada de verão no hemisfério norte, que começa em maio.

Sobre a possibilidade da retomada das entregas do Boeing 787, a FAA se limitou a dizer que o órgão está tomando o tempo necessário para garantir as especificações exigidas e que “a segurança dita a linha do tempo”.