Consolidação de aéreas entra no radar dos CEOs no Brasil
Os CEOs das três maiores companhias aéreas do Brasil (Azul, Latam e Gol) falaram à CNN Soft Business, CNN Brasil, sobre a consolidação do setor e as perspectivas em 2022. O termo é muito usado pelo mundo corporativo em crises e parece que a saída do pior momento da pandemia recolocou a expressão de volta ao radar dos três executivos.
John Rodgerson, da Azul, empresa com sede em Barueri, tentou, em 2021, comprar o controle da Latam, mas a investida foi rejeitada pelos sócios e credores da concorrente. Por enquanto, diz, é hora de esperar. "Vamos deixar o mundo girar algumas vezes e ver o que acontece".
Já Jerome Cadier, presidente da Latam Brasil, falou que o esforço atual é para reorganizar dívidas e sair do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. Depois disso, ele não nega que poderia conversar sobre uma eventual consolidação no Brasil. "A gente nunca pode dizer não. Em outro momento, essa discussão pode vir para a mesa? Pode".
Paulo Kakinoff, da Gol, olha a questão com distanciamento, mas demonstra entender a discussão em um mercado em que 99,1% dos passageiros voaram com uma das três aéreas no ano passado. "Quais são as três companhias aéreas da Itália? Da Espanha? Do Japão? Do Canadá? Da França? Da Alemanha", questiona. Ele nota, ainda, que o mercado brasileiro é concorrido e as tarifas, ao contrário da percepção do passageiro, são baixas e, na média, o brasileiro paga preços comparáveis aos mais competitivos na Europa e nos Estados Unidos.