A companhia aérea britânica British Airways abriu um programa de rotação interna que está dando oportunidade para funcionários acostumados aos escritórios estarem mais próximos do operacional da empresa, e cheguem até a atuar como comissários de bordo. A medida, no entanto, vai além das oportunidades internas, e foi tomada para tentar suprir a falta de tripulantes.

Numa comunicação interna vista pelo site Paddle Your Own Kanoo (PYOK), pilotos e outros trabalhadores da subsidiária regional da BA, a CityFlyer, foram convidados a se inscreverem em um programa que a companhia apelidou de “Take to the Skies” e que os fará passar por treinamento básico de tripulação de cabine e atuar como substitutos.

A iniciativa visa a suprir uma necessidade emergencial por tripulantes de cabine, após muitos deixarem a empresa em meio à pandemia. Enquanto realiza as rotações internas, a empresa corre para recrutar até 3.000 tripulantes antes do verão no hemisfério norte.

Ainda que tenha sua razão justa, a iniciativa está sendo considerada controversa por alguns, pois, como o PYOK cita, a companhia usou um esquema semelhante em 2010 como parte de uma tentativa de interromper uma greve de tripulantes de cabine em uma disputa acirrada sobre salários. 

Independente das polêmicas, a iniciativa tem data para acabar, já que a companhia usará os substitutos até o mês de maio, depois disso, deverá ter seus voos totalmente tripulados por comissários de bordo de carreira. Ainda assim, quem quiser seguir atuando nas aeronaves, poderá concorrer a cargos efetivos no operacional.

Ao PYOK, um porta-voz da British Airways disse: “Estamos orgulhosos de ter lançado o nosso programa de aprendizagem para colegas da British Airways, Discovery, oferecendo aos colegas que trabalham na sede a oportunidade de experimentar uma função operacional temporariamente”.