Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Segunda, 25 de Novembro de 2024

Companhias e agências aéreas dos EUA criam lista de “excluídos”

14/02/2022

(Bloomberg) -- As maiores companhias aéreas dos EUA vêm trabalhando com o governo Biden há meses na criação de uma lista nacional de proibição para voos, que baniria das companhias aéreas os passageiros mais indisciplinados, à medida que aumentam os ataques a comissários de bordo, a agentes nas áreas de embarques de aeroportos e a outros passageiros.

As discussões entre as companhias aéreas, o Airlines for America - grupo setorial, o Departamento de Segurança Interna e Administração de Segurança de Transportes sobre o assunto se intensificaram nos últimos seis meses, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto que pediram para não serem identificadas porque as negociações são privados. Os sindicatos das companhias aéreas também participaram de algumas negociações.

O esforço destaca o crescente esforço do setor em encontrar formas mais eficazes de conter o salto de incidentes com passageiros desde que o requisito do uso de máscaras nos aviões foi imposto devido à pandemia. Das 5.981 denúncias desse tipo no ano passado, 72% estavam relacionadas a máscaras, segundo a Administração da Aviação Federal. A agência iniciou investigações de 1.105 incidentes graves no ano passado, mais de três vezes a máxima anterior, desde que a agência começou a coletar esses dados em 1995. As ações de fiscalização registraram 390 casos desde o início de 2021. A obrigatoriedade da máscara deve expirar em 18 de março.

O maior obstáculo, até agora, foi estabelecer padrões para quando alguém for incluído na lista, disse uma das pessoas. Outras questões espinhosas incluem como limitar casos inevitáveis de identidade equivocada, qual agência federal supervisionaria e administraria o sistema e se os infratores estariam sujeitos a uma proibição no terminal de viagens aéreas.

“Uma coisa é dizer que você não pode voar em uma única companhia aérea”, disse Jeffrey Price, consultor de segurança da aviação e professor de gestão de aviação da Metropolitan State University of Denver, que não participou nas negociações. “Outra coisa é dizer que você não pode voar em nenhuma companhia aérea.”

American Airlines, Southwest Airlines e JetBlue Airways encaminharam pedidos para opinar a Airlines for America, enquanto a United Airlines se recusou a comentar. Delta Air Lines e a TSA não responderam aos pedidos de comentários.

Sob consideração

O secretário de Transportes Pete Buttigieg disse que uma lista unificada de exclusão aérea - incluindo, pelo menos, alguns passageiros banidos por companhias aéreas individuais - é algo que o governo avalia, embora sua agência não desempenhe nenhum papel atual nas averiguações de segurança. A Delta colocou quase 1.900 pessoas em sua lista de exclusão aérea por se recusarem a usar máscara e compartilhou 900 dos nomes com a TSA para, possivelmente, seguir com penalidades civis. A United Airlines baniu mais de 800 pessoas de seus voos por se recusarem a usar máscara. A Southwest se recusou a divulgar quantos estão em sua lista interna.