Quebec investe US$ 1,2 bi no Airbus A220 Jet
As conversas sobre um acordo foram noticiadas em janeiro pelo Journal, de Montreal
A europeia Airbus e o governo da província canadense de Quebec informaram nesta sexta-feira (4) um acordo de investimento de US$ 1,2 bilhão que permitiria à província canadense permanecer no programa de jatos A220 até que o empreendimento se torne lucrativo. Sob o acordo, relatado em janeiro pelo Journal, de Montreal, a Airbus investiria US$ 900 milhões, enquanto o governo de Quebec colocaria US$ 300 milhões no programa, segundo um comunicado. O acordo adiaria em quatro anos o período em que a Airbus compraria a participação de 25% de Quebec no projeto do jato de passageiros que deve concorrer com o Boeing 737 MAX e Embraer A195 e substituir parcialmente a frota da série A320 em rotas mais curtas entre 2026 a 2030.
A empresa francesa tinha até 2026 para comprar a participação do governo. No entanto, não esperava que o programa fosse lucrativo antes de 2025. Quebec já investiu US$ 1,3 bilhão no programa. Em 31 de março de 2021, o Investissement Québec estima que o valor do investimento permaneça em zero.
A220 ainda plana
Embora o A220, de 110 a 130 assentos, tenha se beneficiado da preferência das companhias aéreas por jatos relativamente pequenos durante a pandemia, a Airbus ainda precisa garantir preços baixos o suficiente para muitos dos componentes do avião para empurrar o projeto. Os contratos com fornecedores importantes, como a Raytheon, foram originalmente estabelecidos sob a Bombardier, do Canadá, que não tinha poder de compra ao tentar entrar no mercado de jatos convencional e cedeu o controle do programa de jatos para a Airbus em 2018.
Esperava-se que a Airbus usasse sua rede global de marketing e maior poder de compra dos fornecedores para salvar o projeto, mas, embora as vendas tenham disparado, fontes do setor dizem que tem lutado para obter as concessões que deseja dos fornecedores. A empresa garantiu cortes de preços de cerca de 20% dos principais fornecedores, mas está pressionando por outro corte comparável, enquanto analisa se algumas peças podem ser redesenhadas para torná-las mais eficientes de produzir, disseram fontes do setor.