Aeroporto de Confins registra 20 voos cancelados neste domingo
Treze voos que chegariam e sete que decolariam do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região Metropolitana de Belo Horizonte, foram cancelados neste domingo (16). O levantamento é da BH BHAirport, concessionária que administra o terminal, com base nas informações repassadas pelas companhias Azul Linhas Aéreas, Latam e Gol.
Passageiros ouvidos pela reportagem de O TEMPO disseram que as companhias não explicaram os motivos do cancelamento dos voos e sentiram surpresos ao serem informados somente no terminal. Filas se formaram e passageiros tiveram que ter paciência.
Por meio se nota, a BHAirport informou que "as operações ocorrem normalmente no terminal e orienta os passageiros que têm voos programados a procurarem as companhias aéreas para esclarecer as dúvidas".
Indignado, Wladymir Duarte, 52, é empresário e mora nos Estados Unidos há 34 anos. Ele conta que pagou R$ 72 mil de passagem, ida e volta, na classe executiva para toda a família e que, agora, a companhia tenta olhar assentos em outro voo, dessa vez na classe econômica.
Acompanhado de dois filhos e da esposa, Duarte disse que veio passar três semanas de férias no Brasil para visitar a família. A Latam cancelou às 14h40 o voo internacional, que faria a seguinte ponte-aerea: Belo Horizonte - Sao Paulo (Guarulhos) - Miami - Nova York.
"Não me informaram o motivo do cancelamento do voo e nao dão informação nenhuma, não estão sendo claros. Tá difícil", protesta o empresário.
Passageiros não têm medo de viajar, mas defendem medidas de prevenção
Janeiro deixa o fluxo dos terminais de aeroporto ainda mais movimentado. Turistas e grupos de famílias inteiras costumam viajar a lazer para aproveitar a temporada de férias e sol no litoral.
Após passar 23 dias de férias em Salvador, a administradora Ana Carla Pessoa, 44, informou que a família se encontrou de maneira mais reservada e que evitou pontos turísticos por causa de aglomeração.
Ela conta que costuma viajar a trabalho, mas, por causa da pandemia, reduziu isso ao máximo, e que no início da crise sanitária, tinha mais medo de pegar voos. "Os protocolos, eu e minha família, procuramos seguir bastante: muito álcool nas mãos e uso de máscara. Temos que fazer a nossa parte também", comenta.
"Viajamos sem medo", arremata ao dizer que, embora se preocupe com a variante ômicron, seu maior receio é volta das medidas restritivas que possam impactar na saúde mental e educação das filhas.Ela disse ainda que sempre tem uma máscara de reserva para fazer a substituição caso sinta que a proteção já esteja úmida devido a respiração.
Wladimyr Duarte, que teve o voo para os Estados Unidos cancelado, disse que não sente medo da nova variante, pois ele a família adotam várias medidas de proteção. "A primeira foi a vacina. Fomos vacinados três vezes já nos Estados Unidos e tomamos a vacina da gripe. Fazemos distanciamento social, higienização e trocamos de máscara com regularidade: duas, três por dia", detalha.
Chegando a trabalho de um voo de São Paulo à capital mineira, o médico belo-horizontino Breno Bastos, 42, disse que não sente receio da nova variante, mas foi enfático ao dizer que não é hora das pessoas passearem e que, se forem voar, que seja por uma necessidade.
"Eu acho que a gente tem que se cuidar e não ficar aleatoriamente pegando voo pra turismo nesse momento. Eu acho um pouco receoso, com o aumento do número de casos com a variante Ômicron, as pessoas fazerem isso", advertiu.
O montador de andaime, Carlos Roberto Júnior, 24, costuma viajar a trabalho a Minas Gerais a cada três meses. Ele mora em São Francisco do Conde (BA), região metropolitana de Salvador, e afirmou que toma todas as precauções, mas que não tem medo da variante Ômicron.
"Estou vacinado, então estou mais tranquilo", comenta ao falar que, dentro do avião, sempre passa álcool gel e reforça o uso da máscara. "Estou acompanhando o noticiário e vendo o aumento dos casos de Covid. Aí mesmo que temos que nos cuidar", pondera.