Nos EUA, companhias aéreas também sofrem com aumento do preço do QAV
Não é só no Brasil que o aumento no preço dos combustíveis pode frear a retomada da aviação comercial. Nos Estados Unidos, apesar de esperarem uma temporada robusta de férias de fim do ano, os executivos das principais companhias aéreas também estão atentos a este crescimento no valor do QAV.
De acordo com a Iata, os custos do combustível de aviação aumentaram 3,7% em todo o mundo somente na semana passada
De acordo com a Iata, os custos do combustível de aviação aumentaram 3,7% em todo o mundo somente na semana passada, crescimento de 17,8% em relação ao mês anterior e espantosos 118,7% a mais do que há um ano.
Historicamente, o setor de aviação civil tem sido capaz de aumentar as tarifas para compensar os custos mais altos de combustível. Mas com a demanda por viagens aéreas ainda muito abaixo dos níveis pré-pandêmicos – a capacidade ainda está em torno de 75-80% do que era em 2019 – o aumento das tarifas pode frear a retomada.
O analista do Citi, Stephen Trent, disse à Reuters que o ritmo de recuperação da demanda, especialmente no corredor transatlântico, deve aliviar as preocupações sobre a pressão do custo do combustível. “Indo para 2022, a recuperação contínua da receita parece mais relevante do que a preocupação com os preços do petróleo”, disse ele.
Na semana passada, os preços do combustível de aviação passaram de US$ 2,33 o galão para US$ 2,39. Em resposta, o CEO da Delta, Ed Bastian, sugeriu que a companhia aérea talvez tivesse que repassar o aumento dos custos aos consumidores. “Não há nada que possamos fazer para manter os preços dos combustíveis baixos”, disse ele em entrevista à Reuters. “O que precisamos trabalhar é nossa capacidade de incluir isso em nossos preços”.