Escassez de pilotos é o novo desafio para companhias aéreas
Depois de entrar em crise devido ao coronavírus, a indústria de aviação enfrenta ainda mais problemas à medida que o mundo emerge do pior da pandemia e descobre que provavelmente haverá uma escassez de pilotos depois que milhares foram demitidos ou decidiram se aposentar.
Políticas governamentais, como vacinação obrigatória para pilotos em treinamento e restrições de viagens, também mantiveram distante uma nova leva de aviadores em potencial, segundo Bhanu Choudhrie, CEO da Alpha Aviation Group, que administra escolas de aviação nos Emirados Árabes e a maior delas no Sudeste Asiático, a Philippines. Elas treinaram mais de 2.500 pilotos para companhias aéreas, incluindo Philippine Airlines, AirAsia Group, Cebu Pacific e Air Arabia.
Aeronaves modernas, estreitas e destinadas a voos de longas distâncias, como os jatos A321 XLR da empresa Airbus — com entrega prevista para 2023 — exigirão mais pilotos do que os modelos anteriores, agravando a escassez, disse Choudhrie em entrevista em Londres.
“As companhias aéreas vão continuar a comprar, modernizar suas frotas e, ao fazer isso, vão exigir pilotos”, disse ele. “O mercado está ficando interessante de novo e estamos começando a observar essa tendência de alta, a ver as companhias aéreas chegarem até nós e dizer — olhe, este é o meu cronograma de entrega, você pode ter pilotos prontos para mim em dois anos?”
Muitas companhias aéreas estão se esforçando para recontratar pilotos, bem como comissários e equipe em terra, mas esse não tem sido um processo simples e algumas vagas de emprego não foram preenchidas. As carreiras no setor não parecem mais tão seguras quanto antes.