Passagens aéreas sobem 35,22%; entenda o que levou à alta nos valores
Quem planeja viajar de avião nos próximos meses deve se preparar um gasto maior com passagens aéreas. É que os preços dos bilhetes registraram uma alta de 35,22%, segundos dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aliás, foi o aumento nos custos com transporte, sobretudo, na área da aviação, e as tarifas da energia elétrica que provocaram o aumento da inflação no Brasil.
Aqueles que já estão na procura pelas passagens aéreas perceberam a alta nas tarifas. O fato, conforme o economista Fernando Carvalho, está relacionado aos elevados gastos das companhias áreas com custos operacionais e com o combustível, cujo preço segue em elevado.
“É preciso observar que esse foi um dos setores mais afetados durante a pandemia devido às restrições de circulação e seus elevados custos de manutenção, mesmo com aeronaves paradas e os aeroportos operando com capacidade mínima. Nessa esteira, devemos levar em consideração o aumento dos combustíveis (incluindo aí o da aviação) e da energia elétrica, bem como a baixa demanda pelas passagens. Mas um dos principais fatores, neste momento, para o aumento das passagens é custo operacional das companhias aéreas que vem crescendo nos últimos períodos. Isso de algum modo será repassado ao consumidor e é isso que vem acontecendo. Se comparado com mercados como o americano e europeu, nosso mercado ainda é muito fechado e a competição é um dos fatores primordiais para a queda nos preços”.
Fernando explica que os custos operacionais e o combustível deverão continuar influenciando no preço das passagens. “Se continuarmos a termos altas contínuas do petróleo, com certeza, essa custo será repassado para as companhias e, por consequência, para os passageiros. Além disso, há a questão das restrições impostas pela pandemia. É preciso assegurar o mínimo de segurança para a população, garantindo a vacinação para todos e assim evitar o endurecimento das restrições de circulação e de funcionamento do comércio””, detalha.
Para o economista, a abertura do mercado pode auxiliar na redução dos preços. “Hoje já temos algumas novas companhias atuando, principalmente, nas chamadas rotas regionais e essas mesmas rotas já tiveram uma redução de aproximadamente 28% no custos das passagens. Isso de algum modo foi puxado pela presença de concorrentes nas mesmas rotas, levando aos consumidores a buscarem o melhor preço. Contudo, como apontado antes, a concorrência aliada à uma queda ou estabilização dos preços, principalmente dos combustíveis, é que devem acelerar esse processo de redução no valor das passagens aéreas”, destaca.
Para quem quer gastar menos, a dica é apostar na pesquisa de preços. “Como dica sempre apontamos para a pesquisa de preços, ficar atento às promoções e escolher datas fora da alta temporada. Nas datas, onde a procura é maior, os preços tendem a subir.