Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Quarta, 27 de Novembro de 2024

Argentina prorroga restrições para regresso de cidadãos ao país

10/07/2021

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O Aeroporto Internacional de Buenos Aires é a única porta aberta

O governo argentino prorrogou as restrições que limitam o regresso dos seus cidadãos, apesar de ter aumentado o número de entradas diárias, levando as companhias aéreas a avaliarem as operações no país.

Desde o dia 28 de junho, apenas 600 argentinos e residentes podem entrar no país diariamente pela única porta aberta, o Aeroporto Internacional de Buenos Aires. Esse número será elevado a 1.000 até, pelo menos, 6 de agosto, mas de forma gradual.

“Foram estabelecidas as seguintes cotas semanais para voos de passageiros: 5.200 lugares até 16 de julho, 6.300 lugares até o dia 17 e 7 mil lugares até 6 de agosto”, diz o texto da Decisão Administrativa publicado na 6ª feira (9.jul).

A medida permite o regresso de 742 pessoas por dia na primeira semana, de 900 na segunda e de 1.000 a partir da 3ª semana.

Existem cerca de 25 mil argentinos retidos no exterior, número que deve aumentar progressivamente a cada dia, devido às medidas de controle fronteiriço impostas pelo governo, sob o argumento de conter a chegada ao país da variante Delta.

A quantidade de pessoas com permissão para entrar é equivalente a uma média de 3 a 4 aviões diários. Nos últimos 4 meses, mais de 45 mil argentinos viajaram ao exterior, sobretudo aos Estados Unidos, para se vacinarem.

“A Argentina é o único país do mundo a restringir a volta dos seus próprios cidadãos. O setor aéreo avalia se é viável operar num país que não está agindo de forma transparente e previsível ao mudar as regras do jogo a cada duas semanas”, adverte Peter Cerdá, vice-presidente regional para as Américas da IATA (Associação de Transporte Aéreo Internacional, na sigla em inglês).

“Aqueles que regressarem do exterior estarão obrigados a se isolarem em lugares que os governos provinciais determinarem durante dez dias, a serem contados a partir do teste realizado no país de origem. As estadias nos locais de isolamento serão pagas pelo passageiro”, diz a decisão.

“Serão controlados aqueles que regressarem de viagem para cumprir o isolamento nos seus domicílios. Em caso de não cumprimento, por violação das medidas contra epidemias e por desobediência à autoridade pública, serão aplicadas penas prisão de seis meses a dois anos e de 15 dias a um ano, respectivamente”, alerta o governo.