Mãe acorda de coma e descobre que filha morreu no ataque de Manchester
A mãe da vítima mais nova do atentado de Manchester, no dia 22 de maio, soube da morte da filha uma semana após Salman Abedi, de 23 anos, se explodir ao fim do show da cantora americana Ariana Grande.
Lisa Roussos estava internada, em coma induzido, desde a noite do ataque e só recebeu a notícia sobre a morte de Saffie, de 8 anos, quando os médicos retiraram a sedação, sete dias depois do atentado.
Um amigo da família, identificado como Mike Swanny, confirmou a informação ao "The Sun". Lisa, de 48 anos, foi show da cantora americana ao lado das duas filhas. Acabou internada, assim como a filha mais velha, Ashlee Bromwich. As duas não correm risco.
Lisa precisou passar por duas cirurgias e estava ligada a máquinas que a mantinham viva. Agora acordada e ciente da perda, a britânica, de alguma forma, está "sobrevivendo", segundo o amigo, que ajudou nas buscas enquanto Lisa era considerada desaparecida.
"As notícias de que Lisa está fora de perigo são as melhores desde o começo. Ela estava em estado crítico, mas foi desplugada das máquinas no sábado e já falava no domingo. Ela está ciente da situação de Saffie. Ela está sobrevivendo", frisou Swanny.
Buquês, balões e flores foram dispostos à frente da loja da família, em Lancashire, em solidariedade às vítimas.
"Andrew tem sido tão forte. Ele não quis viver o luto, chorar, até ter certeza que a mulher ficaria bem. Ele tem sido uma máquina toda essa semana", contou Swanny.
Próximo à família, Swanny relatou a dor em contar à própria filha que a melhor amiguinha dela não voltaria. Para "tirar o peso dos ombros" de Andrew, pai e marido das vítimas, ele assumiu a função de recolher cartões, presentes e repassar informações ao público.
Saffie Rose Roussos foi a segunda vítima identificada dos 22 mortos no atentado. A explosão deixou outros 59 feridos — entre eles, a mãe e a irmã mais velha da pequena. Informada sobre a internação de Lisa e Ashelee, a família começou uma busca desesperada pela caçula.