Mulher detém homem após sofrer estupro e assalto em Mogi, diz polícia
Uma mulher, de 23 anos, conseguiu - com a ajuda de um amigo - deter um dos homens que a atacaram na madrugada desta quinta-feira (2), em Mogi das Cruzes, segundo a polícia. A vítima contou que voltava do trabalho quando foi abordada e levada para uma viela. A ajudante de cozinha relatou para a polícia que os dois passaram as mãos em suas partes íntimas e fugiram com seu celular. A mulher afirmou que não teve medo. "Na hora só pensei em recuperar meu celular. Mas só fui atrás, sabendo que ambos não tinham nenhum tipo de arma."
No 1º Distrito Policial, a moça contou que voltava do trabalho pela Rua Cabo Diogo Oliver, já na esquina da Rua José Benedito Braga, por volta da 1h, quando viu dois homens, que começaram a persegui-la. Ela disse que eles a levaram para uma viela pequena e deserta. Segundo o relato da vítima, os homens a jogaram contra a parede e começaram a passar a mão em suas partes íntimas, sendo que um dos indivudos tentou tirar a blusa dela. A moça afirmou que entrou em luta corporal com eles e conseguiu se soltar e gritar por socorro.
A ajudante de cozinha ligou para uma amiga para pedir ajuda, mas um dos suspeitos pegou celular da mão dela e saiu correndo. Em seguida, a mulher viu o carro de um amigo, que passava pelo local, e pediu ajuda. Ela entrou no carro e junto com o amigo foram atrás dos suspeitos, encontrando a dupla na Rua Cabo Diogo. A vítima contou que os suspeitos saíram correndo. Mas ela e o amigo saíram do carro e conseguiram deter um deles, um desempregado e 22 anos. O outro suspeito conseguiu fugir.
Segundo a vítima, o homem disse que jogou o celular na rua. Ele então levou os dois até o local onde o aparelho havia sido descartado. A Polícia Militar foi acionada e todos foram para a delegacia. A vítima disse que por conta da violência ficou com escoriações no braço esquerdo. O telefone foi recuperado e entregue para a vítima.
Na delegacia, o suspeito preso negou os fatos e disse que o outro homem foi quem roubou o celular da vítima. Ele também negou o estupro. O rapaz ficou preso. O caso foi registrado como estupro e roubo a transeunte.
O caso é considerado estupro porque a Lei 12.015, de 2009, extinguiu o crime de atentado violento ao pudor e incluiu essa conduta em estupro. Portanto, qualquer ato com sentido sexual praticado com alguém sem seu consentimento, até mesmo um toque íntimo, hoje é considerado estupro pela lei.