Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Domingo, 19 de Maio de 2024

País é o 3º com querosene mais caro

20/12/2012

 

Enquanto o governo estuda subsidiar a aviação regional, levantamento das empresas aéreas aponta que o querosene de aviação nos principais aeroportos do Brasil é o terceiro mais caro do mundo.
 
O preço pago pelo produto para voos domésticos só perde para o dos principais aeroportos do Sudão e do Chade, na África.
 
O primeiro é um país em guerra civil. O Chade não tem acesso ao mar e não refina petróleo: precisa receber combustível de outros países em longos trajetos de caminhão.
 
Mesmo assim, em Recife, o preço final para o mercado doméstico é quase igual ao praticado nesses países.
 
O levantamento foi realizado pela Iata (Internacional Air Transport Association), órgão mundial que representa as companhias aéreas.
 
O combustível de aviação é hoje o principal motivo de preocupação das empresas.
 
A alta do barril de petróleo de cerca de US$ 60 em 2009 para pouco mais de R$ 100 neste ano fez com que o custo desse insumo alcançasse em média 30% de todos os gastos das empresas aéreas.
 
No Brasil, por causa do preço, a estimativa é que até metade dos gastos seja com combustível. As mais prejudicadas são as que fazem voos domésticos, porque pagam pelo produto acrescido do ICMS -os voos internacionais são isentos desse tributo.
 
SUBSÍDIO
 
Por causa do alto preço do combustível, as companhias aéreas não avaliam com entusiasmo o possível subsídio para os voos regionais, em estudo pelo governo.
 
Elas indicam preferir a redução de custos e a melhoria da estrutura dos aeroportos para viabilizar comercialmente rotas hoje inviáveis.
 
A ideia do governo é pagar por uma parte dos assentos para voos em regiões remotas ou de cidades pequenas para capitais. A previsão é que o pacote de aviação seja lançado hoje.
 
As empresas atribuem o custo elevado do combustível no Brasil aos impostos e à forma de cobrança da Petrobras. A estatal considera toda a gasolina de aviação vendida no país como importada. Mas 75% do produto é produzido localmente, segundo as empresas.