Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Domingo, 19 de Maio de 2024

Passagens aéreas devem ficar 2,4% mais caras em 2013

13/12/2012

 

Os preços das passagens aéreas devem iniciar em 2013 um movimento de alta em termos reais. É o que projeta a equipe da Tendências Consultores. Segundo estimativas da consultoria, os bilhetes devem ter elevação de 2,4% em termos reais (já desconsiderada a inflação estimada para o ano). Caso a projeção se confirme, será a primeira alta real do preço das passagens desde 2008.
 
“Esse quadro de alta real nas passagens deve se manter nos próximos anos”, diz Cláudia Oshiro, responsável pelo estudo. Em termos nominais, a alta nos preços deverá chegar a 8,1%. Para 2012, a Tendências estima alta nominal de 3,9% nas passagens e retração de 1,3% em termos reais.
 
A mudança de cenário para 2013 está baseada, principalmente, pelo esforço das companhias aéreas em recompor suas margens , devendo, entre outras coisas, reduzir o número de acentos oferecidos, ao mesmo tempo em que a demanda deve crescer.
 
Do lado dos custos, a maior contribuição para o aumento das passagens em 2013 deve vir da desvalorização cambial, com impacto nos gastos com leasing, manutenção das aeronaves e preços dos combustíveis. A Tendências estima dólar a US$ 2,10 em dezembro de 2013 e preço de querosene de aviação (QAV) em leve alta de 1,8%. Para 2012, o combustível deve ter alta de 18%.
 
“Outro fator de pressão nos custos das companhias aéreas é a tendência de contínua pressão salarial, dada o elevado peso que a folha de pagamentos representa no custo das aéreas”, diz Cláudia.
 
Nos últimos três anos, os trabalhadores do setor aéreo tiveram ganho real de 4,3% nos salários, de acordo com dados do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), contra 10% da média da economia brasileira.
 
Já as projeções para a demanda apontam para retomada em 2013, após crescimento mais fraco em meados deste ano. A Tendências espera alta de 7,8% para voos nacionais e de 0,8% para os internacionais em 2012. Para o ano que vem, a alta deve ser de 6,5% para os domésticos e de 6,8% para os internacionais.