Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Domingo, 19 de Maio de 2024

Aeroportos para 2014

23/07/2012

 

Questiona-se quanto ao lento início e, por consequência, grande preocupação frente à duvidosa possibilidade de conclusão das obras de infraestrutura em todo o País nas cidades que sediarão os jogos da Copa de 2014. Em algumas cidades, referidas obras estão ao encargo do governo estadual, já em outras sob a responsabilidade também das gestões municipais. 
 
Todas com recursos provenientes de financiamentos de bancos internacionais e/ou através de recursos do governo federal. Projetos ainda em fase de elaboração, ou em lentos processos de licitações das obras! Neste contexto, estão os aeroportos. 
 
Depois de a Federação Internacional de Futebol e Associados (Fifa) defender o uso de aeroportos militares durante a Copa do Mundo de 2014, foi a vez de um órgão brasileiro mostrar pessimismo quanto à estrutura do País para o Mundial. Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que 11 dos 14 aeroportos localizados em cidades que serão sedes da Copa não deverão ter concluídas suas reformas e ampliações até o início do evento. 
 
"No atual estágio dos terminais de passageiros e considerando os prazos médios de obras de infraestrutura no Brasil, existe uma reduzida possibilidade de, no início da Copa, tudo estar pronto", alertou Carlos Campos, técnico do Ipea, defendendo que é preciso trabalhar com um plano "B", como a construção de terminais temporários, que não podem, no entanto, virar permanentes. Segundo referido técnico do Ipea, dos 20 maiores aeroportos do Brasil, 14 operam acima de 100% da capacidade. Dentre eles, Galeão (Rio de Janeiro), Confins (Belo Horizonte) e os de Recife, Curitiba e Fortaleza - que atuam no limite de sua eficiência operacional. 
 
Observa-se também nas grandes cidades, o problema de sofrida mobilidade urbana ocasionada por modestas realizações em obras de infraestrutura de transportes que realmente venham a propiciar impactos positivos na questão da fluidez do tráfego, ocasionado por insuficiência dos necessários investimentos, projetos e obras. A Engenharia brasileira encontra-se à disposição. O que falta é compromisso e determinação dos gestores governamentais, com o correspondente e necessário apoio político, objetivando reverter esta situação em prol do bem estar da população!